GUILHERME IX DA AQUITÂNIA, O TROVADOR

Guilherme era filho do duque Guilherme VIII e de Hildegarda da Borgonha (? - 1050), filha de Roberto I, Duque da Borgonha "O velho", duque da Borgonha e de Ermengarda Branca de Anjou.
 
Foi casado por cinco vezes. A primeira esposa foi Ermengarda de Anjou, repudiada para que ele se casasse em 1094 com Matilde Filipa de Toulouse. Esta foi, mais tarde, também repudiada devido à paixão de Guilherme por uma mulher casada, conhecida por Dangereuse (em francês: "Perigosa") nos seus poemas, cujo nome era Maubergeonne de L'Île-Bouchard. O quarto casamento foi com Berta, e a história não regista o nome da quinta esposa.
Guilherme juntou-se à Cruzada liderada por Godofredo de Bulhão apenas depois da conquista de Jerusalém em 1099. O registo militar do contingente da Aquitânia não foi notável, em parte devido às fracas capacidades de liderança militar de Guilherme: falharam a participação em batalhas importantes e foram frequentemente derrotados em escaramuças menores. Anos depois, Guilherme prestou auxílio aos esforços da rainha Urraca de Castela em conquistar Córdova aos mouros, e ao rei Filipe I de França na sua guerra contra Guilherme o Conquistador.
 
O maior legado histórico de Guilherme foi no campo das artes. Foi um dos primeiros poetas líricos da Europa e um dos primeiros trovadores. As suas cantigas caracterizavam-se pelo uso de forte linguagem vernacular e cantavam temas diversos, apesar de a maioria ser sobre sexo, amor e mulheres. Esta escolha de tema na Idade Média (quando a música era quase exclusivamente composta de cânticos religiosos) provocou admiração e ao mesmo tempo escândalo e choque. Guilherme era um homem que gostava de chocar e não reformou a sua conduta apesar de ter sido ameaçado de excomunhão várias vezes. Chegou mesmo a planear a construção de um convento onde as freiras seriam escolhidas entre as raparigas mais bonitas da região. O projecto acabou abandonado e para o fim da vida Guilherme doou somas importantes à Igreja, talvez para se redimir da má impressão causada.
 
Do primeiro casamento com Ermengarda de Anjou (1068 + Jerusalém 1 de Junho de 1146) filha de Fulco IV, conde de Anjou Conde de Anjou e de Hildegarda de Beaugency, não teve filhos.
 
Do segundo casamento com Matilde Filipa de Toulouse (1070 - 1117), filha de Guilherme IV de Toulouse, conde de Toulouse e de Emma de Mortain (1060 -?), teve:
 
- Inês da Aquitânia (1115 - 8 de Março de 1159), casada por duas vezes, a primeira com Aimeri VI de Thouars e a segunda em 1 de Janeiro de 1134 com o rei Ramiro II de Aragão.
 
-  Guilherme X, Duque da Aquitânia (1099 - 9 de Abril de 1137), dito o Santo, casado com Leonor de Châtellerault, filha de Aimeri I de Châtellerault, visconde de Châtellerault, e de Maubergeonne de L'Île-Bouchard. Segundo alguns autores, Leonor seria filha de Maubergeonne com seu amante, Guilherme IX (pai de Guilherme X). Neste caso, Guilherme X e sua esposa Leonor teriam sido meio-irmãos! Guilherme X sucedeu a seu pai como herdeiro do ducado.
 
- Alise da Aquitânia (? - 1145) que foi freira.
 
-  Adèle da Aquitânia, casada com Raoul de Faye.
 
- Audearde da Aquitânia, que foi freira.
- Henrique, abade de Cluny.
 
Do terceiro casamento com Maubergeonne de L'Île-Bouchard (1075 - 1153) filha de Bartolomeu de L'Île-Bouchard e de Gerberga, também não teve filhos. Ou teriam tido uma filha?
 
Do quarto casamento com Berta teve:
 
- Guilherme de Valentinois, Conde de Valentinois (? - 1187.
 
De seu quinto casamento, com uma senhora cujo nome a história não regista, teve:
 
- Raimundo de Poitiers (cerca 1099 - 27 de Junho de 1149), líder do principado de Antioquia, casado com Constança de Antioquia.
 
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Fonte: Wikipédia
UBT
Enviado por UBT em 07/08/2011
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