Leia a homenagem a Luiz Otávio e ouça o áudio de algumas de suas trovas AQUI
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LUIS OTÁVIO
Retrato: Jaime Pina da Silveira
UBT-Seção São Paulo


Luiz Otávio (nome literário de Gilson de Castro) foi um poeta brasileiro, nasceu em Vila Isabel, Rio de Janeiro, em 18 de julho de 1916, filho de Octávio de Castro e Antonietta Motta de Castro.
 
Ficou órfão de mãe aos dois anos. Criado pela madrasta, foi enviado como interno ao Colégio Resende. Passou a adolescência em Petrópolis. Diria, desse tempo:
 
De todo o lado jogado,
Desde os tempos de menino,
Eu acho até engraçado
Meu destino sem destino...
 
Formou-se cirurgião-dentista em 1936, e mais tarde formou-se também em Hipnose, utilizando esta técnica em sua profissão.

A trova entrou em sua vida cedo, e lá pelos vinte anos já enviava contribuições a jornais, com o pseudônimo de Luis Otávio. Enviou seus versos a periódicos famosos de sua época, como Correio da Manhã, Vida Doméstica, Fon Fon, O Malho, Jornal das Moças e O Cruzeiro.
 
Amigo do poeta Adelmar Tavares, Luiz Otávio desde cedo se interessa pela trova e publica em 1956 o livro "Meus Irmãos, os Trovadores", coletânea de trovas de diversos autores de língua portuguesa.

 
Casou-se em 1942 com Ely Pereira de Carvalho, com quem teve dois filhos: Cláudio e Márcio. Foi pai extremado:
 
Meu filho começa a andar!
Passo frouxo, pequenino...
E eu fico triste a pensar
Nos passos de seu destino.
 
A trova foi sua grande paixão:
 
A Trova tomou-me inteiro,
Tão amada e repetida,
Que agora traço o roteiro
Das horas de minha vida!...

No final dos anos 50, junto com J. G. de Araújo Jorge, Luiz Otávio organiza na cidade de Nova Friburgo os Jogos Florais, um concurso de trovas que passaria a ser realizado ininterruptamente e serviria de modelo para outras iniciativas do gênero.
 
No ano de 1967, Luiz Otávio funda a União Brasileira de Trovadores, entidade que tinha o objetivo de congregar os poetas dedicados ao cultivo da trova. Luiz Otávio torna-se seu primeiro presidente, até ficar doente e passar a direção da entidade ao poeta Carlos Guimarães, também do Rio de Janeiro

 
Separou-se da espose na década de 70 para viver ao lado de Carolina Ramos, também trovadora premiadíssima.  
 
Faleceu na cidade paulista de Santos, em 31 de janeiro de 1977, vítima de amiloidose.

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BIBLIOGRAFIA DE LUIZ OTÁVIO
  • "Saudade... muita Saudade". Poesia. 1946
  • "Um coração em ternura". Poesia. s/d
  • "Trovas". s/d
  • "Meus irmãos, os Trovadores". Coletânea. 1956
  • "Cantigas para esquecer". Trovas. 1956
  • "Meu Sonho Encantador". Poesia. 1959
  • "Cantigas dos Sonhos Perdidos." Trovas. s/d
  • "Cantigas de muito longe". Trovas. 1961
  • "Trovas ao chegar do Outono". Trovas. 1965

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UBT
Enviado por UBT em 28/06/2011
Reeditado em 04/07/2011
Código do texto: T3061483
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