COMO FUI PARAR EM....
Quando cheguei em Ipiabas, comecei a trabalhar no sítio abrindo covas de brócolis. Era moda, dava um bom rendimento e vendia bem. Em três semanas pedi arrego e comecei a trabalhar numa loja de conveniências num posto de gasolina no mesmo local. Eram os donos descendentes de turcos ou libaneses, família Tabet.
Marcos reclamou comigo: Você chamou minha mulher de burra?! Eu disse que sim. Então ele me ofereceu a “recém” criada vaga de balconista em sua loja de material de construção, também no Matagal Auto Posto. “Aceitei”. Foi-se a comissão de 4% (que girava em torno de R$ 200,00 mensais). Fiquei apenas com o salário de comércio (que girava em torno de R$ 200,00 mensais). Na época, pagava um terreno que custava R$ 200,00. Filho recém nascido, João Marcos. Comecei a fazer bicos no posto para melhorar minha renda, mas não houve muita coisa a fazer depois do horário comercial e meus rendimentos não eram suficientes para manter minhasdespesas. Fiz um acordo, recebi o seguro desemprego e fui acumulando dívidas no comércio local. Comecei aquela já relatada época de barganhas e fui acumulando além das dívidas, tralhas. Veio o ano de 97, a situação ia bem difícil. O pagamento do terreno, onde eu havia feito uma casa de pau-a-pique para fugir do aluguel, estava atrasado. No contrato, uma cláusula onde no terceiro mês de atraso eu perderia o terreno e as benfeitorias feitas no mesmo. Chamei meu vizinho de terreno e lhe ofereci o mesmo em troca de bichos e objetos. Assim foi feito: um rádio duplo deck, uma TV 14° preto e branco, um galo e cinco galinhas, uma porca e quatro leitões, dois potros, duas éguas, dois cavalos, uma vaca jersey e dois bezerros, R$ 140,00 e alguns LPs.
Veio-me a tristeza em ter que desfazer do terreno e a vontade de começar tudo novamente. Resolvi levantar dinheiro para pagar as dívidas e sair dali. Fiz então, no bar de Chiquinho, um bingo. Tal bingo, envolvido de muita propaganda. Precisava vender muitas cartelas. Os prêmios eram ótimos para os bingos que se faziam lá na época. Geladeira, duas bicicletas, uma cama, um tanquinho elétrico, dois arreios, uma sela, uma carroça de pipoca e um cavalo pampa marchador. Esse último como prêmio principal. Em meio ao bingo vieram me avisar que o cavalo estava morto. Corri para ver, joguei um balde d’água nele e ele se levantou. Apenas um grande susto.
Depois do bingo, me sobraram onze bolsas entre livros, roupas e coisas de cozinha.
Paguei todo mundo, me sobrou R$ 700,00 e fui parar em Ouro Preto do Oeste. Lá cheguei com R$ 400,00 no carnaval de 97. Fiz compras para um mês, comprei berço, cama, botijão de gás e comecei a vida novamente.
Era abril de 2005, num namoro “esquisito” com Dagmar, quem conheci depois de Suzy. Fazia um free-lancer no bairro de Cordovil e morava em Santa Cruz, no distante bairro de Santa Cruz. Novamente triste com o lugar (como se o lugar fosse o culpado de minhas desditas!), planejando viagem: unir prazer ao sofrimento.
Uma cartolina no portão no início de maio: vende-se tudo! Em uma semana tudo vendido! Sobraram roupas e algumas miudezas. Foi embora TV, aquário, geladeira, fogão, tanquinho elétrico, guarda-roupa, sofá, rack, aparelho de som, fogão e etc. Até enfeite de geladeira vendi. Um Guia Brasil Quatro Rodas e algumas bolsas de roupas, rodoviária Novo Rio, rumo ao desconhecido sul. Tchaus de dentro do ônibus para Dagmar, mãe e padrasto. Os dois últimos mais calmos com minha partida para o distante sul; ali por perto minha situação “famígera” os incomodava.
- Em Minas Gerais:
- Em Barra do Piraí:
Quando cheguei em Ipiabas, comecei a trabalhar no sítio abrindo covas de brócolis. Era moda, dava um bom rendimento e vendia bem. Em três semanas pedi arrego e comecei a trabalhar numa loja de conveniências num posto de gasolina no mesmo local. Eram os donos descendentes de turcos ou libaneses, família Tabet.
- Em Rondônia:
Marcos reclamou comigo: Você chamou minha mulher de burra?! Eu disse que sim. Então ele me ofereceu a “recém” criada vaga de balconista em sua loja de material de construção, também no Matagal Auto Posto. “Aceitei”. Foi-se a comissão de 4% (que girava em torno de R$ 200,00 mensais). Fiquei apenas com o salário de comércio (que girava em torno de R$ 200,00 mensais). Na época, pagava um terreno que custava R$ 200,00. Filho recém nascido, João Marcos. Comecei a fazer bicos no posto para melhorar minha renda, mas não houve muita coisa a fazer depois do horário comercial e meus rendimentos não eram suficientes para manter minhasdespesas. Fiz um acordo, recebi o seguro desemprego e fui acumulando dívidas no comércio local. Comecei aquela já relatada época de barganhas e fui acumulando além das dívidas, tralhas. Veio o ano de 97, a situação ia bem difícil. O pagamento do terreno, onde eu havia feito uma casa de pau-a-pique para fugir do aluguel, estava atrasado. No contrato, uma cláusula onde no terceiro mês de atraso eu perderia o terreno e as benfeitorias feitas no mesmo. Chamei meu vizinho de terreno e lhe ofereci o mesmo em troca de bichos e objetos. Assim foi feito: um rádio duplo deck, uma TV 14° preto e branco, um galo e cinco galinhas, uma porca e quatro leitões, dois potros, duas éguas, dois cavalos, uma vaca jersey e dois bezerros, R$ 140,00 e alguns LPs.
Veio-me a tristeza em ter que desfazer do terreno e a vontade de começar tudo novamente. Resolvi levantar dinheiro para pagar as dívidas e sair dali. Fiz então, no bar de Chiquinho, um bingo. Tal bingo, envolvido de muita propaganda. Precisava vender muitas cartelas. Os prêmios eram ótimos para os bingos que se faziam lá na época. Geladeira, duas bicicletas, uma cama, um tanquinho elétrico, dois arreios, uma sela, uma carroça de pipoca e um cavalo pampa marchador. Esse último como prêmio principal. Em meio ao bingo vieram me avisar que o cavalo estava morto. Corri para ver, joguei um balde d’água nele e ele se levantou. Apenas um grande susto.
Depois do bingo, me sobraram onze bolsas entre livros, roupas e coisas de cozinha.
Paguei todo mundo, me sobrou R$ 700,00 e fui parar em Ouro Preto do Oeste. Lá cheguei com R$ 400,00 no carnaval de 97. Fiz compras para um mês, comprei berço, cama, botijão de gás e comecei a vida novamente.
- Em Santa Catarina
Era abril de 2005, num namoro “esquisito” com Dagmar, quem conheci depois de Suzy. Fazia um free-lancer no bairro de Cordovil e morava em Santa Cruz, no distante bairro de Santa Cruz. Novamente triste com o lugar (como se o lugar fosse o culpado de minhas desditas!), planejando viagem: unir prazer ao sofrimento.
Uma cartolina no portão no início de maio: vende-se tudo! Em uma semana tudo vendido! Sobraram roupas e algumas miudezas. Foi embora TV, aquário, geladeira, fogão, tanquinho elétrico, guarda-roupa, sofá, rack, aparelho de som, fogão e etc. Até enfeite de geladeira vendi. Um Guia Brasil Quatro Rodas e algumas bolsas de roupas, rodoviária Novo Rio, rumo ao desconhecido sul. Tchaus de dentro do ônibus para Dagmar, mãe e padrasto. Os dois últimos mais calmos com minha partida para o distante sul; ali por perto minha situação “famígera” os incomodava.