Perdão-Anjo meu

(este texto se trata de uma ponte auto-biográfica entre realidade poesia)

Oh Divino Amigo,

Venho por meio deste, poema, me desculpar ao meu anjo da guarda. Que a mim foi designado quando fui concebido, abortado, re-concebido e nascido, propriamente. Tudo correu bem até minha adolecência: acho que ele começou a usar crack, bom, minha vida desmoronava.

E então, para ser temido e assim propriamente protegido, o esfaquiei, e o esquartejei. Suas asas arranquei e as colei em minhas costas, sua auréola? Botei à forja e fiz dela um flagelo, um tridente, aparentemente para me defender, mas amigo, não se usa um desses para tal. Seu sangue? Foi meu rio, para um batismo. Mudei de nome, fiz me Lúcifer, não o bíblico, talvez o bíblico, o literal. Afinal tive paz, em meio a sangue ódio e medo.

Fui teu algoz, teu Judas, teu assassino, eu era tua alma gêmea, teu escolhido, teu mais amado. Entendo que tu queiras vingança... Não tenho remorsos, foi necessário, embora cruel. O título é uma outra armadilha, venho aqui mostrar o que seu trabalho fez, fico feliz que foi assim, agradeço. O perdão? Peça ao seu deus.

Paxe, o um pedaço de Lúcifer yn life e vice-versa

Paxe
Enviado por Paxe em 09/05/2011
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2960046
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