Após Descartes pensei...

Sou dois, sou um ser que é para outras pessoas, me construindo a partir do que o outros veêm de mim. E sou um ser para mim, um prisioneiro meu, naquele momento antes de dormir, entre o ato de refletir sobre minha vida e o beijo de morfeu, descubro um ser solitáriamente vivo. Este ser "é" eu, não digo que sou eu por ser ele parte de mim, não um todo. É esta parte que me atrai. O que seria este ser tão isolado e auto-suficiente? Alma? Essência? Efeito de drogas? rsrs. Procuro senti-lo de maneira menos racional possível, assim construo minha vida, e minhas "verdades", que fantástico é ser construtor de "realidade". Enfadonho seria destituir minha vivência de um ser poético ( poesia não está condicionada ao romântismo, a nenhum outro ismo. Para mim é expressão de vida). Vivo, respiro e com isso, torno-me poeta. Não por escrever, mas, por viver!!!