versos sem nome II
Só no grande Mestre há perfeição.
E, maldito é o que confia mais na sua espécie.
Os tolos caminhos do homem egoísta,
são como o gênio da lâmpada,
para os que confiam mais em si.
Escolhe-se a sorte, porque com ela ,
não há comprometimento.
Mas, é o perdão
que envergonha o homem de muitas posses.
Afia a espada com os olhos,
mas é na alma que ela encontra o corte.
E queima feito o cobre ao meio dia;
e corre ladeira à baixo;
água que não para, minuto que não volta;
segundos arrastados contra o vento.
Na tempestade, mira o leão;
no mar, não se debate;
escreve o tempo.
De baixo da terra é fogo;
Se delicia, sorri e dança;
nas salas ouve,
Ana Carolina com Frejá.
Discursa monotonamente
"Saudades da minha infância"
Vê de longe o tempo;
mentor e malfeitor de tudo.
Na cor dos olhos, mel e fogo;
No passado as cinzas,
vagam sem lembranças.
No calabouço vazio,
a solidão arranha todos os espelhos;
mas não consegue fugir de si mesma.
No final o guerreiro em silêncio,
póli a flecha,
o arco lubrifica;
aponta o grafite,
pra escrever o verso;
Sua existência maquína com a vida,
dia após noite,
sua mente maquína com a arte.
(Edmilson cunha)