Um fenômeno chamado Noel Rosa
Pouca gente que passou no começo do século XX pela rua Teodoro da Silva, uma das principais da Vila Isabel, deu atenção a casa de número 30, um moderado chalé. Nessa casa nasceu Noel Medeiros Rosa.
O seu nascimento foi difícil. O médico decidiu pela utilização de fórceps, uma vez que a criança era demasiadamente grande para a bacia da mãe. Infelizmente, tal procedimento resultou numa fratura da mandíbula do recém-nascido de consequências funestas para resto de sua vida. Além de defomar-lhe as feições, o queixo torto dificultava-lhe a mastigação. O que sempre o constrangia em situações sociais.
Artista que logo se projetaria como compositor e letrista, renovador de nossa lírica e cujos os versos permanecem como exemplo da nossa poesia popular. ‘Com que roupa’ gravado por Noel Rosa em 30 de setembro de 1930, obteve um sucesso arrasador.
No ínicio de 1931 submetendo-se a exames na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e obtendo aprovação por pequena margem de pontos. Na ocasião, atuando há quase dois anos no Bando Tangarás, o compositor já sabia o caminho a seguir. Para o desencanto da família, Noel abandonou o curso de medicina em menos de um ano.
A obra de Noel pode ser dividida em dois abragentes segmentos: o amargo, pessimista – paixões, ciúmes e traições; e o alegre, otimista, que faz as crônicas do cotidiano, dos fatos pitorescos, além da exaltação de Vila Isabel, do samba e outras bossas, de forma espirituosa, por vezes satírica e irônica.
Sem nunca ter pretendido mostrar-se como modernista, Noel adotava em sua poética elementos que o identificavam com o movimento de 1922, como nonsense, verso livre da metríca irregular, a paródia e o poema-piada.
Pouca gente que passou no começo do século XX pela rua Teodoro da Silva, uma das principais da Vila Isabel, deu atenção a casa de número 30, um moderado chalé. Nessa casa nasceu Noel Medeiros Rosa.
O seu nascimento foi difícil. O médico decidiu pela utilização de fórceps, uma vez que a criança era demasiadamente grande para a bacia da mãe. Infelizmente, tal procedimento resultou numa fratura da mandíbula do recém-nascido de consequências funestas para resto de sua vida. Além de defomar-lhe as feições, o queixo torto dificultava-lhe a mastigação. O que sempre o constrangia em situações sociais.
Noel de Medeiros Rosa (1910-1937), 259 composições em 26 anos de vida e 7 de atividade musical.
Artista que logo se projetaria como compositor e letrista, renovador de nossa lírica e cujos os versos permanecem como exemplo da nossa poesia popular. ‘Com que roupa’ gravado por Noel Rosa em 30 de setembro de 1930, obteve um sucesso arrasador.
No ínicio de 1931 submetendo-se a exames na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e obtendo aprovação por pequena margem de pontos. Na ocasião, atuando há quase dois anos no Bando Tangarás, o compositor já sabia o caminho a seguir. Para o desencanto da família, Noel abandonou o curso de medicina em menos de um ano.
A obra de Noel pode ser dividida em dois abragentes segmentos: o amargo, pessimista – paixões, ciúmes e traições; e o alegre, otimista, que faz as crônicas do cotidiano, dos fatos pitorescos, além da exaltação de Vila Isabel, do samba e outras bossas, de forma espirituosa, por vezes satírica e irônica.
Sem nunca ter pretendido mostrar-se como modernista, Noel adotava em sua poética elementos que o identificavam com o movimento de 1922, como nonsense, verso livre da metríca irregular, a paródia e o poema-piada.
Outro procedimento que o distingue dos letristas do seu tempo é a frequente utilização de rimas ricas, inesperadas, como as que misturam as palavras estrangeiras (“Você-soirée”. do samba “Dama do cabaré”, cujo o seu maior interprete foi Orlando Silva).
Pouca gente que passou no começo do século XX pela rua Teodoro da Silva, uma das principais da Vila Isabel, deu atenção a casa de número 30, um moderado chalé. Nessa casa nasceu Noel Medeiros Rosa.
O seu nascimento foi difícil. O médico decidiu pela utilização de fórceps, uma vez que a criança era demasiadamente grande para a bacia da mãe. Infelizmente, tal procedimento resultou numa fratura da mandíbula do recém-nascido de consequências funestas para resto de sua vida. Além de defomar-lhe as feições, o queixo torto dificultava-lhe a mastigação. O que sempre o constrangia em situações sociais.
Noel de Medeiros Rosa (1910-1937), 259 composições em 26 anos de vida e 7 de atividade musical.
Artista que logo se projetaria como compositor e letrista, renovador de nossa lírica e cujos os versos permanecem como exemplo da nossa poesia popular. ‘Com que roupa’ gravado por Noel Rosa em 30 de setembro de 1930, obteve um sucesso arrasador.
No ínicio de 1931 submetendo-se a exames na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e obtendo aprovação por pequena margem de pontos. Na ocasião, atuando há quase dois anos no Bando Tangarás, o compositor já sabia o caminho a seguir. Para o desencanto da família, Noel abandonou o curso de medicina em menos de um ano.
A obra de Noel pode ser dividida em dois abragentes segmentos: o amargo, pessimista – paixões, ciúmes e traições; e o alegre, otimista, que faz as crônicas do cotidiano, dos fatos pitorescos, além da exaltação de Vila Isabel, do samba e outras bossas, de forma espirituosa, por vezes satírica e irônica.
Sem nunca ter pretendido mostrar-se como modernista, Noel adotava em sua poética elementos que o identificavam com o movimento de 1922, como nonsense, verso livre da metríca irregular, a paródia e o poema-piada.
Outro procedimento que o distingue dos letristas do seu tempo é a frequente utilização de rimas ricas, inesperadas, como as que misturam as palavras estrangeiras (“Você-soirée”. do samba “Dama do cabaré”, cujo o seu maior interprete foi Orlando Silva).
Criou-se então o mito do Noel letrista infinitamente superior ao Noel compositor. Entretanto o poeta e o músico não estão assim tão distantes. Sozinho ele fez 108 (41,6%) das 259 composições relacionadas por seus biógrafos, o que é um número expressivo.
No ano de 1934, Noel conheceu a dançarina Ceci, a grande paixão da sua vida, em uma noite de São João, tal como está descrito no samba “Último desejo”. Fascinado, Noel começou a viver o seu mais sério caso de amor. Além de angústiado pelos ciúmes que sentia da amada, ao vê-la exercer sua profissão, o poeta era responsável pelo sustento e bem-estar de outra mulher, a jovem Lindaura, com quem se envolvera em caso paralelo.
Na noite de 12 de 1933, Noel levou Lindaura a um hotel onde o casal pernoitou. O fato desencadeou na vida dos dois uma verdadeira tempestade, com queixa de rapto prestada pela mãe da moça, que a expulsou da casa, afirmando que só a receberia de volta casada. Ele não concordou com o casamento, mas aceitou a companhia da rejeitada, pois para ele, seria desumano abandoná-la a própria sorte. Noel foi ainda forçado a deixar a casa da mãe, que também não aceitava a situação criada, indo ocupar precariamente vários endereços.
Como resultado disso, Noel entrou em um processo de estafa física e mental. Examinado e radiografado, logo foi constatado que o paciente estava tuberculoso. Para piorar, Lindaura grávida, perdeu o filho em uma inacreditável queda dos galhos de uma goiabeira existente no quintal do chalé. Em seguida a cobiçada Ceci, recém-contratada pelo cabaré Royal Pigalle, iniciou um romance com um rapaz ligado ao meio artístico chamado Mário Lago, que em breve iria se pupularizar como ator e compositor. Com o tempo, a saúde de Noel começou a deteriorar-se novamente.
Viveu a maior parte dos quatro meses que lhe restaram em 1937 acamado no quarto em que ocupava na casa materna, sofrendo sintomas do agravamento de sua doença, na ocasião, em estágio terminal. Aconselhado por amigos, ainda fez duas tentativas desesperadas de recuperação fora do Rio, voltando praticamente moribundo para morrer em casa na noite de 4 de maio.
Noel soube criar música para a sua poesia e todas elas dão uma amostra do talento musical do Poeta da Vila, que também merece ser chamado de Compositor da Vila. Talvez, seja um exagero afirmar que o músico se iguala ao poeta. Não o é, quando o situamos entre os grandes melodistas da música popular brasileira.
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Referência
Uma história da música popular brasileira – Ed. 34 – Jairo Severiano