Regina Brett - As lições que a vida me ensinou
A vida já me ensinou muitas lições que aprendi e tento aplicar, mas isso não significa que não existam dias em que esqueço tudo o que aprendi e me sinto uma adolescente boboca sem saber o que fazer, completamente perdida. Ai tento buscar conforto em alguma leitura ou em um papo descontraído com um amigo para me colocar novamente no prumo. Estava me sentindo assim nessa manhã chuvosa quando optei por entrar na net e abrir minha caixa de e-mails.
A vida já me ensinou muitas lições que aprendi e tento aplicar, mas isso não significa que não existam dias em que esqueço tudo o que aprendi e me sinto uma adolescente boboca sem saber o que fazer, completamente perdida. Ai tento buscar conforto em alguma leitura ou em um papo descontraído com um amigo para me colocar novamente no prumo. Estava me sentindo assim nessa manhã chuvosa quando optei por entrar na net e abrir minha caixa de e-mails.
Com esse título que aqui repito, recebi de vários amigos uma listagem feita por uma mulher de noventa anos, colunista de um jornal nos EUA. São quarenta e cinco lições que ela aprendeu e são repassados no mundo inteiro, mas o que mais me deixa boquiaberta é o poder da internet em divulgar coisas. De repente, das mais variadas partes do país, recebi essa listagem, atribuída a uma mulher chamada Regina Brett. Achei que merecia uma pesquisa mais apurada e fui fazer.
Encontrei mais de dois milhões de entrada para o nome e vou acrescentar mais uma com este artigo. E a primeira grande descoberta, depois da constatação de que ela existe realmente, foi a de que não tem noventa anos. Ainda. Escreveu as quarenta e cinco lições quando fez quarenta e cinco anos, acrescentou mais cinco ao fazer cinqüenta. (Nasceu em 31 de maio de 1956, portanto vai fazer cinqüenta e seis este ano). Os noventa anos acrescentados a lista são do conhecimento dela, que atribui a algum internauta bem intencionado. Ou intrometido, acrescento eu. Indicada ao Prêmio Pullitzer em 2008 e 2009 parece ser uma jornalista/escritora de relativo prestígio. É também autora do livro God never blinks (Deus nunca pisca). Aos 41 anos teve câncer e levou um ano lutando contra ele e mais um ano para se recuperar dessa luta. No blog dela está escrito: “A writer is someone who writes. If someone want to be a writer, write.” (É a lição 18) Uma boa frase para aqueles que vivem do lado norte da linha do equador, porque aqui, milagres não acontecem. (lição 33). Mas me fez um bem melhor do que uma caneca de chocolate quente faria – eu sou uma escritora porque o que mais faço na vida é escrever.
Quarenta e cinco ou cinqüenta, não importam quantas sejam, em sua maioria são válidas, porque são verdades universais. Apesar de que algumas são também bem tolinhas, mas confortadoras (lição 10 – é inútil resistir ao chocolate). Provavelmente se chegar aos sessenta, acrescentará mais lições a sua lista e duvido que não deseje ardentemente ampliar essa lista, não só até as noventa lições, mas principalmente até as cem.