Vítor Viana
Vítor Viana, jornalista, professor, crítico literário e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de dezembro de 1881, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 21 de agosto de 1937. Eleito em 11 de abril de 1935 para a Cadeira n. 12, na sucessão de Augusto de Lima, foi recebido em 10 de agosto de 1935, pelo acadêmico Celso Vieira.
Era filho do professor da Escola Nacional de Belas Artes Ernesto da Cunha de Araújo e de Teresa de Figueiredo Araújo Viana. Após os estudos de humanidades e de Direito, entrou para o jornalismo. Dedicou-se aos problemas nacionais constitucionais, tornando-se exímio articulista de assuntos econômicos e financeiros. Colaborou nos jornais O século, Cidade do Rio, Imprensa (de Alcindo Guanabara), passando para O Paiz e, finalmente, para o Jornal do Commercio, do qual chegou a ser o redator principal e diretor. Durante a I Guerra Mundial, foi um dos comentadores mais informados dos acontecimentos da guerra. Encetou também colaboração na imprensa como crítico dos "Livros Novos" e redator das "Notas pedagógicas".
Foi bibliotecário da Escola Nacional de Belas Artes, professor da Escola de Altos Estudos e professor de Geografia Industrial e História das Indústrias na Escola Nacional de Artes e Ofícios Venceslau Brás. Foi membro da comissão incumbida de elaborar o Código Aduaneiro. Representou o governo da União no Congresso da Instrução Primária, reunido no Rio de Janeiro em 1921. Fez parte do Conselho Superior de Comércio e Indústria. Serviu em comissão junto ao gabinete do ministro da Fazenda, de 1919 e 1922, e junto ao gabinete do ministro da Agricultura, de 1922 a 1925. Ocupou, a seguir, o cargo de superintendente dos estabelecimentos do Ensino Comercial. Seu nome aparece no Almanaque do Ministério das Relações Exteriores como redator do respectivo Boletim de 1926 a 1929.
Era membro do Conselho Federal de Comércio Exterior e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e membro titular da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, por proposta de Amaro Cavalcanti, em virtude dos artigos publicados sobre a guerra e a Liga das Nações.
Obras: Formação econômica do Brasil, história (1922); O Banco do Brasil Sua formação, seu engrandecimento, sua missão nacional (1926); Uma constituição do século XX O Código de Weimar e a moderna Alemanha, ensaio (1931); A nova Constituição espanhola Liberalismo, democracia, ensaio (1932); A Constituição inglesa O liberalismo e os partidos políticos, ensaio (1933); A Constituição francesa Os imortais princípios e os partidos políticos, ensaio (1933); A Constituição austríaca A racionalização do poder e a representação de classes, ensaio (1933); A Constituição dos Estados Unidos As lições de uma longa experiência, ensaio (1933); O regime fascista e a democracia A utopia reacionária e as realidades brasileiras, ensaio (1933).