Eu

Tronei-me o que queria, deixei a tristeza vazia, acabei com a minha agonia... Janaina Cruz

(Infância)

Quando pequena eu gostava da solidão, assim sem interferências de pessoas, eu podia fazer o que bem entendesse, ser quem quisesse, não precisava ficar preocupada em agradar ou desagradar pessoas.

Sempre achei as outras pessoas muito complicadas, e no fundo a complicada era eu…

Sem saber de onde vim, ou sem querer saber onde podia chegar, pensava apenas do presente.

Até o presente me encher o saco!

(Adolescência)

Fui mágica, transformei coisas simples em coisa muito complicadas,e isso perdurou por muito tempo…

Não parava pra reparar no presente, o futuro era meu único interesse, mas ele nunca vinha.

Comecei a reparar nos sorrisos sinceros, nas palavras complicadas, comecei a querer entender todo mundo, e ainda hoje sou meio assim.

( A vida adulta)

Foi embora um quase amor, e um amor definitivo se instalou em mim.

Um amor que faz viver.

Sabe quando agente chora, grita, esperneia, agente complica e descomplica? Esse amor é assim quebrou as minhas regras, me fez poeta, e hoje eu sou assim:

Meio eu, meio ele, feliz com o tempo, escrevendo coisas sem medo.

(Nilson)

Nilson mudou o meu tom

Borrou o meu baton

Estimulou o meu dom

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 04/09/2010
Código do texto: T2478195
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