o gosto pela vida
20-09-2006 10:51:04
Gosto das pessoas que me conhecem porque me leram, tiveram epifania sem sofrer azia! [nem a rir a frase tem jeito - 21-09-2006 9:16:59 – cortá-la-ei numa vida futura, n_ão n_esta :)]
Eu, que me desconheço, como toda a gente que se preza! Ajoelho a seus pés e oro até o ouro jorrar dos meus olhos, o oiro das lágrimas, o brilho dos diamantes, a prata da Lua, o bronze dos metais, a idade do cobre...
Uma completa metalurgia me recobre e descubro a crença em míticos totens onde (tu) tens a cabeça e (eu) lanço o (teu e meu) espírito nas águas.
No fim duma frase posso parar e ter tudo dito, a minha alma já reencarnada viaja noutra carne: sou nada.
Foi num dia destes que escrevi o poema que vou escrever agora:
REENCARNAÇÃO
I
começo onde um verso
ganha o nome de verso
na prática do diverso
tão comum à poesia
sinto-me na minha
casa onde escrevo
cada motivo que
reescrevo e escrevo
até à exaustão do ser
até à exaustão do ser
II
brinco
com teus brincos
pendurados
nas orelhas
onde os usas pendurados
dependurados...
(participação do Assim)
III
na esponja que passas
sobre as horas
recolhes
a poeira destes momentos
onde as palavras vem
poisar em pó de_fi_ni_ti_va...
(mente de Mim)
IV
reencarno
o gosto pela vida!
{Cada momento acontece pelo menos uma vez na vida, quando fica para sempre
!
Caso contrário, nunca chega a acontecer
!
Acabei de escrever o poema que escrevi há umas duas horas atrás, o conto-carta que era para hoje deixo para amanhã...
!
Quando há esta coincidência nu momento, a grafia-o-momento é biografia: o gosto pela vida!}