Garcia Redondo
Manuel Ferreira Garcia Redondo, engenheiro, jornalista, professor, contista e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 7 de janeiro de 1854, e faleceu em São Paulo, SP, em 6 de outubro de 1916. Convidado a comparecer à última sessão preparatória para a criação da Academia Brasileira de Letras, fundou a Cadeira n. 24, que tem como patrono Júlio Ribeiro.
Filho de Manuel Ferreira de Sousa Redondo e de Francisca Carolina Garcia Redondo. Freqüentou a Universidade de Coimbra por algum tempo, cursando humanidades. Foi companheiro de poetas e escritores portugueses e brasileiros, entre os quais Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro e Cândido de Figueiredo. Em 1872, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, pela qual obteve o grau de engenheiro e bacharel em ciências físicas e matemáticas.
Em fins de 1878, nomeado engenheiro fiscal de obras de Alfândega de Santos, transferiu-se para aquela cidade, onde residiu até 1884, transferindo-se daí para a capital de São Paulo.
Em Portugal, colaborou no Novo Almanaque Luso-brasileiro de lembranças e fundou O Peregrino, periódico literário, onde teve por companheiros de redação Augusto Bittencourt e Sergio de Castro. No Rio de Janeiro, colaborou na República em sua primeira fase, quando redigida por Salvador de Mendonça, e na segunda fase em 1878; na Idéia, periódico literário; no Mosquito, semanário humorístico; no Jornal do Commercio; no Repórter, onde publicou folhetins semanais, e na Revista de Engenharia. Pseudônimos: Um contemporâneo; Um plebeu, Cabrion, Pepelet, Gavarni, Nemo, Childe Harold.
Obras:
Arminhos, contos (1882);
Mário, drama (1882);
O dedo de Deus, comédia (1883);
O urso branco, comédia (1884);
Carícia, botânica amorosa (1895);
A choupana das rosas, contos (1897);
Moléstias e bichos, comédia (1899);
Viagens pelo país da ternura (1907);
Através da Europa, viagem (1908);
Novos contos (1910);
O descobrimento do Brasil, conferência (1911);
Cara alegre, humor (1912);
Na pele do outro, comédia.
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