O menino... Ou não

Para aqueles que lançam sobre Rodrigo um olhar superficial, ele não passa de um menino. Enganam-se, porém, quando dedicam tempo e coração para compreender a complexidade deste ser tão único. A aparência jovem - muitas vezes complementada por roupas descoladas, do tipo “meio roqueiro, meio surfista” - lhe rouba uns seis dos seus 23 anos, por assim dizer.

Alguns podem pensar que Rodrigo é um homem que se recusa a virar gente grande. Uma grande bobagem. Ele é um homem que compreende, sabiamente, que a melhor forma de crescer é não esquecer aquele menino interior. Além disso, do ponto de vista genético, é um privilegiado: vai chegar aos 50 com pinta de quarentão charmoso.

E charme é o que não falta a este romântico e vaidoso rapaz. Perfume é o item mais básico de seu arsenal de cuidados pessoais. O curioso é que não sai de casa sem suas inseparáveis e velhas escovas – uma redonda e outra quadrada, as quais são escondidas sempre no bolso da calça ou na bolsa da namorada.

É com a ajuda destas escovas de estimação e de suas habilidosas mãos que ele ajeita, com perfeccionismo, suas madeixas negras, lisas e curtas. Tudo isto em frente a um espelho ou qualquer superfície capaz de gerar reflexo. E “ai” de quem ousar tocar seu cabelo após este processo ou ainda tentar trocar as escovas velhas por novas: o mau humor estaciona em segundos, cantando pneus e tudo.

Com foco na batalha diária que prepara o futuro, Rodrigo estuda Direito e sonha em ter seu próprio negócio, algo que garanta seu sucesso profissional. Mas quem o conhece de verdade sabe que sua felicidade está em seu mais pujante dom: a arte de encantar através da música. De criar sonoridades e combinações únicas entre as notas musicais, seja com qual instrumento for. De transformar ruídos soltos em melodias, em sentimento, em amor. Rodrigo é músico, é ator, é artista. E nada vai mudar esta essência que ele carrega com carinho e uma dose de esperança.