Luiz Fernando Verissimo
Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.
É casado com Lúcia e tem três filhos.
Jornalista, iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de 1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções ("editor de frescuras", redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, naquele ano, do livro "A Grande Mulher Nua", uma coletânea de seus textos.
Participou também da televisão, criando quadros para o programa "Planeta dos Homens", na Rede Globo e, mais recentemente, fornecendo material para a série "Comédias da Vida Privada", baseada em livro homônimo.
Escritor prolífero, são de sua autoria, dentre outros, O Popular, A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro, publicados pela José Olympio Editora; As Cobras e Outros Bichos, Pega pra Kapput!, Ed Mort em "Procurando o Silva", Ed Mort em "Disneyworld Blues", Ed Mort em "Com a Mão no Milhão", Ed Mort em "A Conexão Nazista", Ed Mort em "O Seqüestro do Zagueiro Central", Ed Mort e Outras Histórias, O Jardim do Diabo, Pai não Entende Nada, Peças Íntimas, O Santinho, Zoeira , Sexo na Cabeça, O Gigolô das Palavras, O Analista de Bagé, A Mão Do Freud, Orgias, As Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé,O Analista de Bagé em Quadrinhos, Outras do Analista de Bagé, A Velhinha de Taubaté, A Mulher do Silva, O Marido do Doutor Pompeu, publicados pela L&PM Editores, e A Mesa Voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios.
Além disso, tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e, a partir de junho de 2.000, no jornal O Globo.
Na opinião de Jaguar "Verissimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom. Meu consolo — comparando meu artesanato de chistes e cartuns com sua fábrica — era que, enquanto eu rodo pelaí com minha grande capacidade ociosa pelos bares da vida, na busca insaciável do prazer (B.I.P.), o campeão do humor trabalha como um mouro (se é que os mouros trabalham). Pensava que, com aquela vasta produção, ele só podia levantar os olhos da máquina de escrever para pingar colírio, como dizia o Stanislaw Ponte Preta. Boemia, papos furados pela noite a dentro, curtir restaurantes malocados, lazer em suma, nem pensar. De manhã à noite, sempre com a placa "Homens Trabalhando" pendurada no pescoço."
Extremamente tímido, foi homenageado por uma escola de samba de sua terra natal no carnaval de 2.000.
BIBLIOGRAFIA :
Crônicas e Contos:
- A Grande Mulher Nua
- Amor brasileiro
- Aquele Estranho Dia que Nunca Chega
- A Mãe de Freud
- A Mãe de Freud
- A Mesa Voadora
- A Mulher do Silva
- As Cobras
- A velhinha de Taubaté
- A versão dos afogados – Novas comédias da vida pública
- Comédias da Vida Privada
- Comédias da Vida Privada
- Comédias da Vida Pública
- Seqüestro o zagueiro central
- Com a Mão no Milhão
- Procurando o Silva
- Disneyworld Blues
- As Cobras
- As Aventuras da Família Brasil
- História de Amor 22
- Ler Faz a Cabeça, V.1
- Ler Faz a Cabeça, V.3
- Novas Comédias da Vida Privada
- O Analista de Bagé em Quadrinhos
- O Marido do Dr. Pompeu
- O Popular
- O Rei do Rock
- Orgias
- Orgias
- O Suicida e o Computador
- O Suicida e o Computador
- Outras do Analista de Bagé
- Para Gostar de Ler, V.13 - "Histórias Divertidas".
- Para Gostar de Ler, V.14
- Para Gostar de Ler, V.7
– "Crônicas", com L. Diaféria e J.Carlos Oliveira
- Peças Íntimas
- Separatismo; Corta Essa!
- Sexo na Cabeça
- Todas as comédias
- Zoeira
- A eterna privação do zagueiro absoluto
- Comédias para se ler na escola
- As mentiras que os homens contam
- Histórias brasileiras de verão
- Aquele estranho dia que nunca chega
- Banquete com os Deuses
Romances:
- Borges e os Orangotangos Eternos
- Gula - O Clube dos Anjos
- O Jardim do Diabo
- O opositor
Poesia:
- Poesia numa hora dessas?
Infanto-Juvenis:
- O arteiro e o tempo
- O Santinho
- Pof
Viagens
– Culinária:
- América
- Traçando Japão
- Traçando Madrid
- Traçando New York
- Traçando Paris
- Traçando Ponto de Embarque para Viajar 1
- Traçando Ponto de Embarque para Viajar 2
- Traçando Porto Alegre
- Traçando Roma
Antologias:
- Para gostar de ler Júnior - Festa de criança
- As noivas do Grajaú
- Todas as histórias do Analista de Bagé
- Ed Mort - Todas as histórias
- Comédias da vida privada
- Para gostar de ler, v. 14
- O nariz e outras crônicas
- Pai não entende nada
- Coleção Jovem –
- Zoeira
- O gigolô das palavras
Participações em Coletâneas:
Para entender o Brasil - Organização de Luiz Antonio Aguiar. Alegro, 2001. Texto: “O cinismo de (todos) nós”.
Os cem melhores contos brasileiros do século - Organização de Ítalo Moriconi. Objetiva, 2000. Texto: “Conto de verão nº 2 - Bandeira branca”.
O desafio ético - Organização de Ari Roitman. Garamond, 2000. Texto: “O poder do nada”.
Para gostar de ler, volume 22 - Histórias de amor - Ática, 1999. Texto: “Uma surpresa para Daphne”.
Porto Alegre - Memória escrita - Organização Zilá Bernd. Universidade Editorial, 1998. Texto: “Bola de cristal”.
Contos para um Natal brasileiro - Relume Dumará, 1996. Texto: “White Christmas”.
Contos brasileiros - Organização de Sérgio Faraco. L&PM, 1996. Texto: “A missão”.
Democracia: Cinco princípios e um fim - Ilustrações de Siron Franco. Organização de Carla Rodrigues. Moderna, Coleção Polêmica, 1996. Texto: “Igualdade”.
Continente Sul/Sur - IEL, 1996. Texto: “Conversa de velho”.
O Rio de Janeiro continua lindo - Memória Viva, 1995. Texto: “Vitória carioca”.
Passeios pela Zona Norte - Centro Cultural Gama Filho, 1995. Texto: “As noivas do Grajaú”.
E o Bento levou (charges) - Mercado Aberto, 1995.
Amigos secretos - Artes e Ofícios, 1994. Texto: “Casados x solteiros”.
A cidade de perfil - Organização de Sérgio Faraco. Centro Cultural Porto Alegre, 1994. Textos: “A mal entendida”, “A compulsão” e “Soluções”.
Separatismo - Corta essa! (cartuns) - L&PM, 1993.
Para gostar de ler, volume 13 - Histórias divertidas - Ática, 1993. Textos: “Atitude suspeita” e “O casamento”.
O humor nos tempos do Collor - Com Jô Soares e Millôr Fernandes. L&PM, 1992.
Nós, os gaúchos - Editora da Universidade, 1992. Texto: “A cidade que não está no mapa”.
Cronistas do Estadão - Organização de Moacir Amâncio. O Estado de S. Paulo, 1991.Texto: “Negociações”.
A palavra é humor - Scipione, 1990. Texto: “Lixo”.
Ler faz a cabeça, volumes 1, 2 e 3 - Pedagógica e Universitária, 1990.
Crônicas de amor - Ceres, 1989. Textos: “Amores”.
Sombras e luzes - Um olhar sobre o século - Organização de Hélio Nardi Filho. L&PM, 1989. Texto: “À beira do tapete, à beira do espaço”.
O novo conto brasileiro - Nova Fronteira, 1985.
Rodízio de contos - Mercado Aberto, 1985. Texto: “Tronco”.
Memórias (Revista Oitenta nº6) - L&PM, 1982.
Temporal na Duque (Revista Oitenta nº 5) - L&PM, 1981.
Para gostar de ler, volume 7 - Crônicas. Ática, 1981. Textos: “Confuso”, “Futebol de rua”, “Comunicação”, “Emergência” e “Matemática”.
Toda a verdade sobre Brigitte D’Anjou (Revista Oitenta nº 3) - L&PM, 1980.
Condomínio (Revista Oitenta nº 2) - L&PM, 1980.
Humor de sete cabeças (charges e cartuns) - Sulbrasileiro Seguros Gerais, 1978.
Antologia brasileira do humor - L&PM, 1976.
O tubarão - L&PM, 1976.
QI 14 - Garatuja, 1975.
Luiz Fernando Verissimo
"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda." (O Gigolô das palavras).