Sinais

A flecha que atravessa a canção,

é a música que toca.

Esses horizontes pintados vazios,

essa tarde bonita,

que me envelhece,

junto com as folhas,

que enfeitam essas ruas, invadidas

calmamente pelo outono.

Os sonhos,

ainda são a dimensão,

que a alma tem.

Como as ilusões que marcam,

estes versos sem nome.

O disparo seco.

O atirador que apenas fere;

e supera calado

o mérito da dor;

mas nunca procura,

com a boca o beijo.

Ousado como um protagonista,

joga-se de cabeça no vulcão.

A caneta enfincada

nestas estrófes;

como que um arco entre os dedos.

Apenas essa solidão

consegue ultrapassar

os vidros blindados do meu carro!

(Edcunha)

25/05/2010

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 26/05/2010
Código do texto: T2280565
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