Sinais
A flecha que atravessa a canção,
é a música que toca.
Esses horizontes pintados vazios,
essa tarde bonita,
que me envelhece,
junto com as folhas,
que enfeitam essas ruas, invadidas
calmamente pelo outono.
Os sonhos,
ainda são a dimensão,
que a alma tem.
Como as ilusões que marcam,
estes versos sem nome.
O disparo seco.
O atirador que apenas fere;
e supera calado
o mérito da dor;
mas nunca procura,
com a boca o beijo.
Ousado como um protagonista,
joga-se de cabeça no vulcão.
A caneta enfincada
nestas estrófes;
como que um arco entre os dedos.
Apenas essa solidão
consegue ultrapassar
os vidros blindados do meu carro!
(Edcunha)
25/05/2010