Gâmbia tem seu primeiro eremita

Gâmbia obtém seu primeiro eremita:

Irmão Dimas é um americano que mudou de vida colocando-se a serviço da Igreja católica e do povo de Gâmbia, tornando-se o primeiro eremita da história daquele país. Ele já estava vivendo como eremita há três anos.

Ele agora é um eremita consagrado com votos de pobreza, castidade e obediência, acrescido de outro voto de rezar para o clero, religiosos, eremitas e virgens consagradas, feitos mediante o bispo na presença de Deus, em Bakau.

O novo eremita consagrado na Diocese de Banjul vive sua vida a serviço dos pobres e necessitados de Deus. É uma vida de amor para os outros, aliada a oração e trabalho.

O eremita conta que foi chamado para “o deserto” aconteceu a quase sete anos, diz ele:

“No primeiro ano eu já vivia como eremita, mas também era funcionário do governo americano em Kosovo. Eu decidi sair de casa nos Estados Unidos quando Deus me tocou para seu serviço de forma muito forte. Então voltei a Kosovo e demiti-me”

“Quando meus colegas de trabalho me perguntaram o motivo da demissão e eu expliquei-lhes, deram gargalhadas e me perguntaram como era possível que Deus chamasse um pecador como eu tão grande. Eu respondi que não sabia porque Deus tinha me chamado, mas que através do sangue da cruz e sua Misericórdia ele tinha lavado todos os meus pecados e eu estava limpo. Eu era enfim um novo homem em Cristo”.

“Meus colegas me perguntaram como eu poderia viver na África, sem eletricidade ou água corrente ou até mesmo uma geladeira. Por que eu iria fugir do mundo para levar uma vida assim? Eu estaria doido? Eu disse a eles que o Deus que me chamou cuidaria das minhas necessidades”

(...) Mas todo mundo perguntava o que era um eremita?

“Ora, é uma vida em solidão, silêncio e na pobreza. É a melhor oportunidade de encontrar a Deus”

“Os eremitas abraçam o mundo orando por todos os tipos de homens, pois tem a liberdade de orar para homens e mulheres do mundo inteiro, por seus pecados e pelas próprias faltas cometidas diariamente.”

Irmão Dimas ainda cuida dos doentes e os pobres que vem à sua casa, pois eles não podem se dar ao luxo de ir a clinicas e hospitais, nem mesmo pagar um taxi para chegar a uma clinica gratuita. Com parte de sua aposentadoria ainda ajuda a muitos, sobretudo com medicamentos e cuidados com casos de Aids.

A sua rotina diária começa as 2:30 a.m e termina às 10:00 p.m. com o apagar das luzes.

Tradução e adaptação: Irmão Emmanuel Maria, OSB

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