Eu... Pobre menina!

_Eu... Pobre menina!

_Sorria... Pobre menina!

_Ora! Cante minha pobre menina!

Com os lábios trêmulos, e vermelhos...

Tentando de certa forma, esquecer um último beijo,

Limpo por fora o que por dentro faz questão de não sair.

Vertendo em pranto tudo que de uma vez foi obtido por mim... você!

Olhos inchados, vermelhos depois de fricciona-los.

Lembrando de saudosas memórias, a nós apenas esta...

Enxugando o que por dentro parece transbordar sem fim.

Tamanho sofrimento que em mim emana.

Em súbita dor que em meu coração faz morada agora...

Que em pedaços se encontra e tenta se regenerar...

Seria possível curar um mal que não tem, talvez, uma cura?

Um, mais um objeto de minha casa [meu corpo]...

Sem uso, inútil, que não obedece meu pensar...

Sem mais poder chorar...

Sem mais poder verter o que me faz mal...

Sem mais poder amar...

Um partido coração, tentando lutar...

Letal...

E o que escuto apenas...

_Dance minha pobre menina!

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 08/08/2006
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