Eu... Pobre menina!
_Eu... Pobre menina!
_Sorria... Pobre menina!
_Ora! Cante minha pobre menina!
Com os lábios trêmulos, e vermelhos...
Tentando de certa forma, esquecer um último beijo,
Limpo por fora o que por dentro faz questão de não sair.
Vertendo em pranto tudo que de uma vez foi obtido por mim... você!
Olhos inchados, vermelhos depois de fricciona-los.
Lembrando de saudosas memórias, a nós apenas esta...
Enxugando o que por dentro parece transbordar sem fim.
Tamanho sofrimento que em mim emana.
Em súbita dor que em meu coração faz morada agora...
Que em pedaços se encontra e tenta se regenerar...
Seria possível curar um mal que não tem, talvez, uma cura?
Um, mais um objeto de minha casa [meu corpo]...
Sem uso, inútil, que não obedece meu pensar...
Sem mais poder chorar...
Sem mais poder verter o que me faz mal...
Sem mais poder amar...
Um partido coração, tentando lutar...
Letal...
E o que escuto apenas...
_Dance minha pobre menina!