Fruto do Amor

O que me torna diferente?

O amor pelo semelhante?

O sentimento é de verdade

Mas parece que isso é irrelevante

O mais importante

É atender a normalidade

E quais são os padrões?

São todos estereótipos?

Diga-me os internos

Que envolvem emoções, sentimentos

Não vou mentir para mim mesma

Pra continuar na multidão imersa

Pode tentar me marginalizar

O preconceito não vai me machucar

Com os paradigmas que rompi

Hoje sei muito mais de mim

Sou segura na busca do meu eu

Tornando-me cada vez menos réu

Julga a árvore por não dar fruto?

É só mesmo este o seu infortúnio?

Parece não importar

A sombra que a arvore pode gerar

Esquece-se do puro ar

Que a planta nos da

Não se considera os brotos

Que a mãe árvore acolhe em seus braços

Os mesmos que a julgam

Parece que nem se atentam

Todos na maturidade

Perdem a virilidade, a fertilidade

E nem por todo pesar

Deixam de amar