A cura
Sou um sarcástico pouco sentimental
como qualquer animal arisco não me agrado
em qualquer lugar e de nada adianta tentar me agradar
Não me importo nada com o que você se importa e muito
menos me abala o que de mim você pensar
Gosto só do que gosto e pouco me preocupo em agradar
Apesar do que aparenta facilmente a mim muitos
conseguem se apegar, sou um cara de muitos amigos
porem de poucas verdades, mas nos iludimos
com o que temos.
Podemos simplesmente representar, atuar
sermos atores no nosso dia-a-dia, no nosso convívio
Na minha maneira louca de viver, transformo os meus
dias em pequenas partículas e pouco me importo
se o ano acabar, não comemoro aniversários
pois eles me deixam muito mais próximo da morte
ou pior, da velhice.
É irônico, tenho mais medo de envelhecer do que morrer.
Dos meus medos, procuro a cura
Dos seus medos, só acho a dor
Dos meus sentimentos, escondo o amor
Das pessoas escondo quem realmente sou
Um sarcástico louco que ainda espera ver um paraíso
ou simplesmente um cara com sono atrás de um computador.
Doença do século: depressão
Menos humanos: tecnologia
Menos felizes: desigualdade social
O que procuramos: a cura
O que nos resta: os sonhos