Desabafo
Duque de Caxias, 26 de novembro de 2009.
Hoje mais do que nunca acordei com uma enorme tristeza, com uma depressão devastadora.Lembrei-me de um e-mail que recebi de minha filha Fernanda, que diz que todos os dias de nossas vida recebemos um presente mandado por Deus, o qual muitas vezes não damos valor e deixamos de lado, outros recebemos com satisfação e com alegria. Pude perceber que é uma grande verdade, e posso dizer que meus maiores presentes foram os meus filhos e depois os meus netos, apesar de muitas vezes não ser compreendida por alguns dos meus filhos e até mesmo muitas vezes inconscientemente ser tão magoada por eles, “isso também é um presente que recebo de Deus”. Talvez para um crescimento e amadurecimento do meu ser.
Hoje com o meu coração partido posso dizer, que todos os presentes que já recebi foram de bom tamanho, foram os quais eu mereci, mesmo não sabendo o porque dos pôqueres.
Há presentes que eu recebi há anos atrás com satisfação e alegria e que ficaram bem guardadinhos dentro do meu coração, presentes os quais dei e dou muito valor até hoje... Meus pais e meus irmãos, que amo e nunca deixarei de amar, mesmo com os defeitos e desafetos que trazem dentro do peito. Pois somente Jesus trás o aperfeiçoamento, e mesmo assim não agradou e nem agrada a todos.
Afinal, agora vou chegar onde quero relatar a todos os meus problemas.
Fui diagnosticada como esquizofrênica, mas não me sinto assim, como uma pessoa doente depressiva e esquizofrênica. Posso perceber que as maiorias de minhas tristezas são causadas por problemas que não consigo resolver ou até mesmo em aceita-las. Problemas do cotidiano. E as crises esquizofrênicas, como diz o meu psiquiatra, para mim não passa de uma fuga para os acontecimentos de desavenças, que vem acontecendo ao longo dos anos, que quando não mais consigo conter esses sentimentos de emoções desagradáveis, um enorme transtorno grita mais alto tirando todo o meu controle emocional, como que eu quisesse chamar a atenção dos que me rodeiam para a realidade da vida. Não estou querendo dizer que sou a mais perfeita, ou a mais correta, ou até mesmo a certinha. Tenho defeitos e qualidades, mas com certeza tenho uma grande percepção de vida. E é essa percepção que me faz sofrer.