6) Experiência teatral

No dia 18 de setembro assisti a uma peça de teatro. Foi a primeira a que assisti aqui em Catalão. Aqui só tem anfiteatro na universidade e na faculdade particular.

Lembrei-me da época em que eu fazia teatro. Há muitos anos já participei de várias apresentações teatrais nas reuniões do budismo, mas muito amadoras. Fizemos peças tipo telejornal, teatro de sombras, com danças, jograis etc.

Quando eu estava na oitava série, a comissão de formatura teve a ideia de promover um Festival de Teatro para arrecadar dinheiro para as comemorações do final do curso. O festival foi muito bem organizado, nos moldes do Oscar, com banca julgadora e premiações em várias categorias.

Eu e meus amigos de sala concorremos em duas peças de comédia que eu dirigi: “O Encontro”, de minha autoria, e uma outra chamada “Hospital Maluco”. Seria jogo duro porque a outra equipe tinha mais conhecimento e habilidade na área artística. A nossa grande sacada foi a escolha de comédias.

A peça “Hospital Maluco” foi premiada como a melhor peça e diversas outras modalidades. Como diretor, levei o troféu de melhor peça, além das medalhas de melhor diretor e melhor ator. Foi a primeira conquista significativa da minha vida. Fiquei muito feliz! Escrevi cartas de agradecimento a cada integrante da peça.

Uma das professoras da banca julgadora era esposa do diretor da companhia “Vírus da Arte”, e vendo o nosso desempenho, sugeriu que os participantes de todas as peças se inscrevessem para fazer oficina de teatro com esse grupo. Mas poucos foram os que toparam.

Foi concorrido, o curso era gratuito e o grupo bem renomado na cidade e região. Felizmente, eu e dois colegas da escola fomos aprovados.

Não me esqueço da lição do dia da seleção. Era necessário fazer uma curta interpretação. O diretor então pergunta: “quem gostaria de ser o primeiro?” Meu colega prontamente se habilita. E, antes mesmo de fazer o teste, o diretor se adianta: “então você já está aprovado”. Sim, para fazer teatro é preciso iniciativa e não ter vergonha. Imagine depois as dezenas de pessoas que se manifestaram (inclusive eu!) quando ele perguntou quem queria ser o próximo...

A conclusão do curso era a apresentação da peça “Planeta dos Palhaços” em uma escola pública da cidade (São José do Rio Preto/SP). Minha mãe foi me prestigiar.

A Oficina de Teatro durou cerca de oito meses. Isso foi em 1994, sim, há um bom tempo. Fizemos diversos exercícios corporais e de concentração muito interessantes. Conheci gente, tive contato com o meio artístico. Porém vi que não era minha área profissional. Serviu como experiência, vivência e desenvolvimento pessoal.

Prefiro mesmo “assistir” às peças. Espero que haja outras aqui em Catalão e que eu possa ver várias também em outras cidades.

(Catalão, 06/10/2009)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 06/10/2009
Reeditado em 08/12/2010
Código do texto: T1852013
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