Castro Alves, poeta dos escravos
 
Em 1847, nasceu Antônio Frederico de Castro Alves na fazenda Cabaceiras, próxima à vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves, na Bahia.
 
Por volta de 1853, mudou-se com a família para Salvador e lá estudou no colégio de Abílio César Borges, futuro Barão de Macaúbas, onde foi colega de Rui Barbosa. Ainda adolescente, já demonstrava pendor para a poesia.
 
Em 1862, transferiu-se para o Recife com o irmão mais velho, José Antônio. Publicou, no Jornal do Recife, Destruição de Jerusalém.
 
Em 1863, publicou seus primeiros versos abolicionistas.
 
Em 1864, matriculou-se no curso de Direito e redigiu com colegas o jornal O Futuro. Escreveu Mocidade e Morte, com o título primitivo de O Tísico. Voltou para a Bahia em outubro, interrompendo o curso.
 
Em 1865, voltou ao Recife, em companhia de Fagundes Varela. Alistou-se no Batalhão Acadêmico de Voluntários para a Guerra do Paraguai.
 
Em 1866, matriculou-se no segundo ano do curso jurídico. Fundou uma sociedade abolicionista com Rui Barbosa e outros colegas. Polemizou pela imprensa com Tobias Barreto. 



 
Em 1867, tornou-se amante da atriz portuguesa Eugênia Câmara, dez anos mais velha do que ele, com ela seguindo para Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, e em sua homenagem escreveu o drama em prosa Gonzaga ou A Revolução de Minas, que ela representou.
 
Em 1868, foi para São Paulo em companhia de Eugênia Câmara e do amigo Rui Barbosa e matriculou-se no terceiro ano da Faculdade de Direito do largo São Francisco, onde declamou pela primeira vez o poema Navio Negreiro. Eugênia abandonou-o e, durante uma caçada, ele feriu acidentalmente o pé com uma arma de fogo. 
 
Em 1869, matriculou-se no quarto ano de Direito, começando a sofrer de enfraquecimento pulmonar. Viajou para o Rio de Janeiro, muito enfraquecido, hospedando-se na casa de seu amigo Luís Cornélio dos Santos. Depois de muito sofrimento, tem o pé amputado, a frio. Encontrou pela última vez Eugênia Câmara, no Teatro Fênix Dramática. Voltou para a Bahia.
 
Em 1870, a conselho médico, foi para Curralinho, seguindo para a fazenda Santa Isabel, em Orobó. Concluiu A Cachoeira de Paulo Afonso. Retornou para Salvador, onde lançou Espumas Flutuantes.
 
Em 1871, apaixonou-se pela cantora italiana Agnèse Trinci Murri. Recitou pela última vez, na Associação Comercial, em benefício das crianças francesas vítimas da Guerra Franco-Prussiana. Seu estado de saúde agravou-se após a noite de São João. Expirou às três e meia da tarde do dia 6 de julho, no Palacete do Sodré, junto a uma janela banhada pelo sol, vitimado pela tuberculose.
 
Castro Alves pertence à Terceira Geração da Poesia Romântica, Social ou Condoreira, caracterizada pelos ideais abolicionistas e republicanos. Sobre o poeta, Ronald de Carvalho afirma: "mais perto andou da alma nacional e o que mais tem influído em nossa poesia, ainda que, por todos os modos, tentem disfarçar essa influência, na verdade sensível e profunda". 



 
Foi influenciado por Byron e Vitor Hugo. Considerado um dos mais brilhantes poetas românticos brasileiros, é chamado de "cantor dos escravos" pelo tom exaltado com que defendeu as causas da liberdade e da justiça - a Independência na Bahia, a insurreição dos negros de Palmares, o papel da imprensa, e acima de tudo isso a luta contra a escravidão.
 
È preciso ressaltar que o poeta não deixou de lado a poesia de caráter lírico-amoroso, cultivada pelos escritores de sua época. Entretanto, diferentemente de seus contemporâneos, não idealiza a mulher; ele a apresenta como um ser concreto, de "carne e osso", mais sensual.

  
 
Referências
 
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/castro-alves/castro-alves.php
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/castro-alves/castro-alves-2.php
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/castro-alves/castro-alves-3.php
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/castro-alves/castro-alves-5.php
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u199.jhtm
http://www.e-biografias.net/biografias/castro_alves.php


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