Minha profissão de professor

Minha primeira experiência formal como professor foi depois que terminei o mestrado, no início de 2005, aos 25 anos de idade, em uma faculdade particular de São Carlos.

Uma colega me informou que precisavam de professor na minha área de pesquisa. Liguei para o coordenador do curso e marcamos de dialogar informalmente, apenas para eu avaliar a oportunidade e saber mais informações. Essa já era a entrevista e ele me deu a resposta na hora.

Perguntou-me se eu tinha experiência didática. Pensei rapidamente que todas as reuniões e explanações que fiz na Gakkai deveriam valer naquele momento e respondi: “sim, tenho experiência em treinamento de pessoal”. Eu só havia dado algumas aulas particulares de informática. Muito poucas e para uma única pessoa de cada vez.

Meu irmão me perguntou como fiz para preparar e ministrar as aulas, se eu não tinha experiência. Fiz como faço nas reuniões da Gakkai. E ele: “então já sei, você disse: Alunos! Tenham a convicção que resolverão infalivelmente esta equação!” Dispensa comentários.

Não foi a primeira vez que a experiência vivida na Gakkai me salva em uma situação profissional. Em 2001, quando fiz entrevista na empresa de consultoria em São Carlos, onde trabalhei por dois anos, também foi assim.

Eu havia terminado a graduação em dezembro de 2000 e estava procurando emprego há dois meses. Um dos sócios da consultoria me telefonou numa sexta-feira de manhã, convocando-me para uma entrevista no mesmo dia. Sequer eu havia enviado currículo para lá, foi um amigo que me indicou. Respondi que infelizmente não poderia comparecer porque estava saindo de viagem para São Paulo para compromissos importantes. Era um Curso de Aprimoramento da BSGI com duração de 4 dias. Ele disse que me esperaria voltar. Surpreso, agradeci a consideração.

No fim da tarde da segunda-feira, carregando malas e sacolas de lembranças, na volta de São Paulo, passei por São Carlos para a entrevista. Entre as várias perguntas de praxe, quiseram saber como foi o curso. Falei com todo orgulho das atividades culturais e educacionais da BSGI. E eles: “por que você não colocou tudo isso nos seu currículo?!” Comecei trabalhar lá na mesma semana.

A Gakkai é realmente uma escola para a vida, mas só aproveita a oportunidade quem quer.

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Notas: "Gakkai" refere-se à Soka Gakkai Internacional (SGI), uma organização de budistas (Budismo Nitiren) que promove atividades nas áreas da cultura, educação, meio ambiente e direitos humanos em 192 países.

"BSGI" é a representante brasileira da SGI.

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 06/05/2009
Reeditado em 07/05/2009
Código do texto: T1579736
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