4) Escritor amador
Uma vez, quando ainda estava no primário, eu disse que queria ser escritor. Eu nem sabia direito as atribuições do ofício de escrever, baseei-me no gosto que eu tinha por copiar a matéria da lousa. Eu gostava de escrever, de copiar.
No computador também, sempre gostei de digitar as palavras. Adoro transcrever. Embrenhei-me até na publicação de periódicos amadores. Na oitava série, publicamos “O Estudante”. No budismo em Rio Preto, tinha o boletim Josho News, no qual estive à frente por seis anos ininterruptos.
Eu pesquisava, digitalizava, editava, imprimia, distribuía. Mas eram raras as edições que continham textos meus mesmo. Não tinha inspiração ou imaginação suficiente... Ou competência mesmo. Gostava mesmo de transcrever, selecionar os trechos mais interessantes e compartilhá-los amplamente.
Hoje, tendo lido um pouco mais, consigo produzir coisas mais interessantes. Apenas por robby ou para aliviar tempestades emocionais que me assolam frequentemente. Na maioria das vezes, escrevo para aliviar tristezas. Escrevendo, fico feliz. Assim, descobri também que sou capaz de escrever mesmo quando já estou feliz. Sou escritor amador porque amo escrever.