meu tempo
Construo mundos, destruo absurdos.
Tento recuperar o tempo;
alento que ficou em mim.
Não vejo o meu fim.
No final,
estarei em todos os lugares.
Minhas memórias ficarão!
O tiro, certo e frio.
Removo todos os meus abismos.
O meu corpo está só;
Em Deus,
A alma encontra perfeição.
Alvo desavisado, amigo frustrado
nos olhos do inimigo,
não há compaixão.
E os meus feito um espelho.
Escrevo tudo o que vejo.
Pessoas só, amigos mortos;
Mesquinhês,; espítritos doentios ,
andam pelas ruas.
e homens sem fé nenhuma.
E o dinheiro, do trabalho sagrado,
é o mesmo que é gasto, no puteiro.
O espírito da morte contrario;
minha mente cria,
e a criação é tudo.
O beijo traidor,
continua do lado esquerdo do rosto!
Meu coração seco, escreve solidões.
Oro em silêncio.
A minha fé é o que me mantém vivo;
e me faz seguir, até o dia
em que conhecer esse estranho ser.
Essas solidões ímpares;
Meu corpo e esses que rondam
a minha cama.
Definido e indecifrável
percorro esses desertos
que eu mesmo escrevi.
O homem do vento;
e o vento, que não consegue resistir;
vem por cima dos pomares
jogando para atrás os cabelos.
No braço, a menina que chora.
guerrilheiro, índio;
inalcansável;
sozinho algós.
O tempo é mentor e deus de tudo.
Mas não é Deus.
E todas as faces são suas.
Silêncio de dia, de noite escuridão
tudo se transforma;
E eu aqui.
E para quê tantas luzes
e as ruas, tão vazias!
Vejo seres solitários
vagando, na multidão.
Terra de todos, este mundo,
deserto que se abre em fogo.
É madrugada, rodo pela noite,
sem vaga para estacionar.
Não escrevo tudo o que sinto.
Escrevo e minto, afinal.
o poeta é um fingidor.
Agora o verso é dor;
Os lábios da mulher é doce,
a noite quente;
Depois,
vida é fél.
A noite ainda não termina
verseja o poeta,
engrandecido.
A solidão escrita
é a mãe de todas;
O amor perdido,
tristeza pouca, passamento.
Pesadelos coloridos.
A mágoa marcou a ferro;
meu rosto,
não quero me ver.
lá fora demônios voadores
com seus pescoços compridos
e cabeças pequenas;
se arrastam pelo chão.
A noite tenta me engolir,
tão sozinha quanto eu.
Mas não sou eu quem escreve.
meus olhos na janela,
olham vazios;
e o sono que não vem.
Pastores revelam a maldição quebrada
minhas armas são as mesmas do início,
para vencer a batalha.
Corro pelos corredores da casa.
Um brinde ao bem,
outro ao mal.
O menino triste
aprendeu com o portão fechado.
Escrevo meus versos a noite;
sozinho ainda, sentado,
no final da escada;
a porta aberta
que apercia tudo;
o corredor deserto e mudo,
a vida parada;
o sonho que desenha o tédio
a tarde nublada,
a poesia arrancada
da mente estúpida e desanimada
que tenta seguir.