Vão-se os sonhos de menina
Os erros da imaturidade
A falta do medo de se jogar de cabeça
Mesmo não vendo a profundidade
Do momento...
 
Vão-se o olhar de menina
A caçulinha do pai, a companheira da mãezinha!
Vão-se os sonhos em rosa choque.
 
Dormir cheia de esperanças aos 29
E acordei chorando pelos 30
Compreendi que minha vida começa agora!
Tem uma estrada cheia de flores que antes
Só via espinho...
 
Fitei o sol longamente enquanto nascia
Atrás da montanha verde...
Ele era dourado e vermelho...
Pude ver um sorriso faceiro
Ele me paquerando dizendo:
- Creia no agora!
 
O agora raiou...
Uma balzaquiana que não esconde quem amou
Que não brinca de esconde-esconde...
Que não usa mascara para dizer, questionar ou olhar!
 
Vou e faço!
Mordo e engulo!
Grito e choro!
Ah! Impulsos...