REGALIAS REAIS
Vou relatar o quanto sou vivaz
Esperteza é o meu nome
Sinto vontade
Nunca sinto fome
Volta e meia, pela manhã
Levanto, faço café,
Ponho a molecada toda de pé.
Exigentes que só eles só
Tomam café
E eu sempre re-aproveito o pó
O açúcar?
Ponho bem pouquinho
Para doenças evitar
O Pão?
Quando a pé vou trabalhar
Deixo a passagem
Para o pão poder comprar
Meu trabalho é distante
E estas regalias
Nem sempre eu posso dar
O Leite então?
Este para mim é o vilão
Desce goela abaixo
Como se água fosse
E não posso sempre comprar,
Pois é supérfluo tal qual doce,
E o doce então?
Tantas festas qual eles vão
Lá sim, podem se esbaldar.
Vão a festas com bolsos bem profundos,
Para os docinho angariar.
A carne? Esta sim...
Se faz necessário,
Mas para que iria eu comprar?
Se não sou eu nenhum otário
Com tantos churrascos e aniversários.
Ali sim comeriam de montão.
Eu sou assim!
Dou de tudo que os meus filhos precisarem
Ensino-os como se suster.
Na adversidade sempre temos o que comer
Sou dado a regalias reais,
Pois é assim que recebo,
Em reais,
Sempre mínimo por demais.