Eu sou uma morta encarnada.

Duque de Caxias, 24 de fevereiro de 2009.

Uma grande verdade

Sempre ouvi dizer que no momento que estamos nascendo começa o processo da morte. Que cada dia, mês ou ano de vida, era também o da morte.

Nascemos, crescemos, reproduzimos e envelhecemos, é óbvio que a morte esteve a todo estante presente em nossas vidas.

Nunca ninguém parou para pensar... Que a cada parabéns de vida que cantamos, também é uma despedida a mais um ano de vida.

Mais nada disso importa, é o natural da vida...A MORTE.

A pior morte não é aquela que desencarnamos e sim quando um ser amado nos mata e continuamos encarnados.

Os seres humanos nascem, crescem sadios e fortes, com o sacrifício de seus pais, na maioria das vezes ficam rebeldes, nos magoam e nos ferem com palavras insensata e atitudes imbecis.

O pai sai para trabalhar e trazer o sustento dos filhos, se esforça com horas extras,

para dar uma educação melhor.

A mãe por sua vez, cuida do lar, educando seus filhos, arrumando, cozinhando, lavando e passando, cuidando de seus filhos com todo amor e carinho e muitas vezes não é reconhecida pelos próprios filhos. A mãe sempre procura dar o de melhor aos seus filhos, sem pedir nada em troca, a não ser o amor e o respeito de seus filhos.

É muito triste em saber que já não temos o mesmo valor que antes.

Sem meditar no grande valor de uma mãe, aquela que os trouxeram ao mundo.

Mata friamente com palavras insensatas, quando falam na frente daquela que a trouxe ao mundo sem se quer meditar no peso de suas palavras, que entre o seu esposo e sua mãe se tivesse que escolher quem morreria, ela escolheria a mãe para morte.

É triste ouvir isso de sua própria filha. E naquele estante que a ouvi dizer a sua escolha, essa filha já a matou. E a mãe se torna uma morta encarnada.

Agora vocês vão entender quando no 5º parágrafo eu escrevi: que a pior morte não é aquela que desencarnamos e sim quando um ser amado nos mata e continuamos encarnados.