Sou uma eterna estranha
Que grita sem voz...
E espera um milagre qualquer
Para que me ouças...
 
Não sei dançar um tango
Não atrai filmes notívagos
O algodão é minha seda
Cidra minha champanhe
 
Não falo varias línguas...
Nem sou tão culta,
Confesso... Um pouco burra!
 
Meu quintal é meu mundo
Mangueiras me derrubam sorrindo
A chuva me molha sem culpa
Amo quem ama...
 
Sinto saudade de quem diz ter saudade de mim
E não procuro mais saber quem deveras sente sem saber!
 
Esse meu mundo limitado
Onde meu sonho se expande
Já fui a Europa num piscar
E voltei sem ter nada pra contar!
 
Sou essa mulher poesia...
De vários estilos literários...
Igual ao humor que trago todos os dias,
Assim é minha poesia!
 
Não uso máscaras de noite nem de dia,
Sou da flor ao espinho...
Sou lagrima ou sorriso...
Sou dor e gozo...
Minhas letras dizem verdades e mentiras!
 
Sou minha poesia...
Quem me ama sempre me odeia,
Quem me odeia sempre me ama!
 
Uma rameira, cafetina de rimas impuras.
Uma virgem que busca um amor puro
Uma puta de esquina imunda...
Uma Cinderela...
- Que sempre perde o sapatinho quando o sonho termina!
 
Espero meu Rei
Aguardo meu dono
Sonho com um lobo
Acordo com SOL dizendo:
- Tenha calma!