Inteligência Emocional
Ao concluir o curso de Administração Financeira, na Faculdade de Alagoas, optei pelo tema Inteligência Emocional na elaboração do TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, partindo da frase de Daniel Goleman que diz: “Para o melhor e o pior, a inteligência não dá em nada, quando as emoções dominam.”
Pelo que vi durante a minha trajetória profissional, passando por duas empresas, ao longo de 35 anos de trabalho, pude perceber que a Competência Gerencial, nas suas dimensões Técnica, Administrativa, Psicossocial e Política não pode dispensar a inteligência emocional como fator primordial para o sucesso pessoal e profissional. Uma pessoa pode ser muito competente tecnicamente, mas não ter habilidades para o relacionamento interpessoal, por falta de um controle emocional. Ainda em tempos remotos, Aristóteles já dizia: “Qualquer pessoa pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e de maneira certa – não é fácil.”
Vi pessoas destruírem suas promissoras carreiras profissionais, em razão de um comportamento não compatível com as normas da empresa ou inadequada conduta social, anulando por completo as suas habilidades técnicas. Esqueceram de que ninguém constrói nada sozinho. É da própria natureza a necessidade de agregação. A vida já é um exemplo. Surge a partir de uma combinação de células. Assim, no nosso trabalho é preciso formar equipes, somando-se pessoas para o alcance dos objetivos. Quem tem a inteligência emocional para lidar com os semelhantes, consegue liderar uma equipe e desenvolver a sua competência gerencial.
A primeira vez que me surgiu esse questionamento foi quando, mesmo sendo o mais novo tanto na idade quanto na profissão, fui designado para ser o encarregado do setor em que trabalhava. Achei que tal atribuição deveria recair sobre um dos colegas, pedindo ao superior hierárquico que assim o fizesse. Somente a partir de quando ouvi o seu posicionamento, entendi que não deveria recusar a designação, aceitando assumir o comando da equipe, de cujo cargo só me desvinculei por ocasião da minha transferência para outra cidade. Pela noção de responsabilidade adquirida a partir de então, tive uma carreira razoavelmente promissora na próxima empresa a trabalhar, onde exerci os mais diversos cargos de confiança. Nunca atribuí esse fato ao conhecimento técnico, que sempre achei um pouco aquém do desejável, mas pela facilidade de relacionamento com os colegas. Fazia isto intuitivamente, não pensando nos princípios da administração, que é o de alcançar objetivos através das pessoas.
Ainda sem conhecer o “best seller” de Daniel Goleman, o seu Inteligência Emocional, o que só ocorreu quando já ocupava cargo de gerência, acredito ter-me pautando em grande parte pelo que ele preceitua. Foi esta a razão de haver optado pelo desenvolvimento do tema ao concluir o meu curso de Administração, ainda não posto em prática profissionalmente, mas de grande valia na vida pessoal e familiar.