imagem/the metropolitan museum of modern art (N.Y)
CARTOGRAFIA BIOGRÁFICA COM O POETA CONTEMPORÂNEO YOUSSEF RZOUGA (II)
" há que fazer calar-se os cães enquanto florescem
os roseirais..."
Youssef Rzouga
Uma das figuras mais representativas da moderna poesia árabe e contemporânea ocidental o poeta tunisiano Youssef Rzouga abarca, hodiernamente, com sua profícua obra literária uma dezena de trabalhos críticos e de reflexão escritos sobre a mesma. Nesse contexto rastreante de sentidos, vez que sua obra poética se escreve em várias línguas, o poeta a experimenta em vários idiomas, entre elas, o português, vamos trazer para conhecimento e informação de nossa cultura nesta série, suscintos depoimentos e vozes de críticos e escritores hodiernos que nos inserem aos caminhamentos da substanciosa poética de Rzouga, com suas abrangentes reflexões.
Assim diz Haifa Baccar, crítica tunisiana:"... Youssef Rzouga em sua obra "O Filho da Aranha propõe edificar uma ponte entre Oriente e Ocidente utilizando o rosto único de seu material predileto, a poesia. É inovador, conciliador e instigador de uma nova corrente poética. Para Chantal Morcrette, escritora e poetisa francesa que prefaciou a obra de Rzouga, diz Haifa, este ousa, inova a poesia ocidental francesa, inserindo uma nova métrica árabe, criando um novo ritmo poético na atualidade, o "ociriental". Este, resultaria de uma inserção de medidas orientais na composição literária francesa levando-se em consideração certas alternâncias precisas de sílabas curtas e longas que conferem à poesia oriental o seu ritmo próprio e o seu segredo. Assim, como um maestro o poeta executaria sua sinfonia apoiando-se sobre notas e ritmos. Rzouga, para Morcrette, enfatiza Haifa assemelha-se a um Rimbaud de nossos tempos trabalhando a palavra como um ímã a ocultar, obstruir, a mergulhar no constante ritmo do claro/escuro referencial, caminhando ao metalínguistico, perturbando esquemas estabelecidos, transgredindo regras, aproximando-se consoante a estrutura sonora com sua poesia, ao canto de Paul Verlaine, ao deslumbramento da metáfora real de Baudelaire e se inscreve
num contexto de uma grande agitação de uma marcha inevitável. A criança brinca no estádio dos grandes, o olhar lançado à frente. Falar de Rzouga é anunciar um espetáculo aberto, um jogo, um bailado, onde o teatro e o quotidiano convivem. As decorações podem compreender as costumeiras ou serem extraordinárias nesse palco...mas, as gravatas que vestem o artista devem abranger mil e uma silhuetas para mascatear o mundo através do coração. No caminho de Rzouga Oriente e Ocidente estão lado a lado, a terra toma assento ao mar para tornar-se azul, é o lobo e o homem costa à costa que falam a Vida e através desta uma força ancestral e uma mão que se estica ao outro. Nos jardins de Rzouga, diz , ainda, Morcrette, a poesia é fábula, mas a sua estrada tortuosa se abre pelo mundo em ascensão incontrolável..."
Em ressunta, neste capítulo que aqui abordamos (II), citamos, ainda, o crítico tunisiano Hedi Khalil que enfatiza que a originalidade poética de Rzouga assenta-se sobre uma ótica visionária do poeta e da poesia e sua necessidade hodierna de reconciliar-se com as exigências dos saberes, no assentamento das relações humanas com a expressão lídima de diálogo e humanismo diante da transculturalidade hodierna hoje globalizada.
Música Ambiental
Youssef Rzouga
Nunca é tarde
para fazer algo
atirar-se ao mar por exemplo
e por em fila os peixes coloridos
à manifestarem-se contra
o tubarão
Nunca é tarde
para vencer este complexo
de inferioridade por exemplo
subir ao trono das coisas
e fazer calar o cão que ladra
enquanto florescem os roseirais
Nunca é tarde
para denunciar-se o culpado
de ontem de hoje
feito inocente às vezes
tocar o tambor
dançar de vez em quando
e triunfar sobre uma vida
de grande vazio
O MUNDO
( a meu modo de ver)
Youssef Rzouga
De onde vem o erro?
este mundo
me pertence
a dança
o meu lugar
a conquista-lo
Por outro lado
tenho o propósito
de recicla-lo
não sou alguém
para fugir do ciclone
mas que fazer
necessito de alguma coisa
os olhos de um falcão
e os plenos poderes do mar
é um desejo meu
vou apagar tudo:
o alfabeto
a metáfora
a conjugação
a sintaxe
o porquê das coisas
do amor
a política demagógica
o clone da ovelha Dolly
o discurso do vento
o hino da paz
como fazer ruído
durante sete longuíssimos dias
vou apagar o mundo
e reconstrui-lo
à minha maneira de ver
no oitavo dia
descansarei em minhas palavras
e sonharei acordado
em dar volta ao mundo
- Mas onde estás?
links
http://www.livevideo.com/video/746A8D70
A3A34537B289EC8F7DD22C2D2/quem-sou-eu-
yusef rzuga.aspx
http://poetameda.blogspot.com
http://zordanova.blogspot.com/
http://blogs.clarin.com/http-zorda-clarin-com/posts
http://blogs.clarin.com/http-poet-clarin-com/posts
http//blogs.clarin.com/http-haitu-clarin-com/posts
http//blogs.clarin.com/http-habla-clarin-com/posts
http//hispanoramaliterario2.ning.com/profile/Yo
SLIDE.COM:
http://www.slide.com/r/Meh-HkuO4z-t9Jz9GpRykUYvH
pRykUYvHnWrJvz
http://www.slide.com/r/Ai
INffPz1j_9MfLTgJfz1vH3ZaNYbusU
httpp://www.slide.com/r/0CT12KVn7j8s-
SEMIMBtzEawZsCw_fjY
http://www.slide.com/r/WIoc5rKfvD_S
c3E6yztZxJaVgRJs4wk
http://www.slide.com/r/KEziOCVq6C-
ZKJOI1Zoyj9C1Nk6cYMnS
nWRj7VZ
CARTOGRAFIA BIOGRÁFICA COM O POETA CONTEMPORÂNEO YOUSSEF RZOUGA (II)
" há que fazer calar-se os cães enquanto florescem
os roseirais..."
Youssef Rzouga
Uma das figuras mais representativas da moderna poesia árabe e contemporânea ocidental o poeta tunisiano Youssef Rzouga abarca, hodiernamente, com sua profícua obra literária uma dezena de trabalhos críticos e de reflexão escritos sobre a mesma. Nesse contexto rastreante de sentidos, vez que sua obra poética se escreve em várias línguas, o poeta a experimenta em vários idiomas, entre elas, o português, vamos trazer para conhecimento e informação de nossa cultura nesta série, suscintos depoimentos e vozes de críticos e escritores hodiernos que nos inserem aos caminhamentos da substanciosa poética de Rzouga, com suas abrangentes reflexões.
Assim diz Haifa Baccar, crítica tunisiana:"... Youssef Rzouga em sua obra "O Filho da Aranha propõe edificar uma ponte entre Oriente e Ocidente utilizando o rosto único de seu material predileto, a poesia. É inovador, conciliador e instigador de uma nova corrente poética. Para Chantal Morcrette, escritora e poetisa francesa que prefaciou a obra de Rzouga, diz Haifa, este ousa, inova a poesia ocidental francesa, inserindo uma nova métrica árabe, criando um novo ritmo poético na atualidade, o "ociriental". Este, resultaria de uma inserção de medidas orientais na composição literária francesa levando-se em consideração certas alternâncias precisas de sílabas curtas e longas que conferem à poesia oriental o seu ritmo próprio e o seu segredo. Assim, como um maestro o poeta executaria sua sinfonia apoiando-se sobre notas e ritmos. Rzouga, para Morcrette, enfatiza Haifa assemelha-se a um Rimbaud de nossos tempos trabalhando a palavra como um ímã a ocultar, obstruir, a mergulhar no constante ritmo do claro/escuro referencial, caminhando ao metalínguistico, perturbando esquemas estabelecidos, transgredindo regras, aproximando-se consoante a estrutura sonora com sua poesia, ao canto de Paul Verlaine, ao deslumbramento da metáfora real de Baudelaire e se inscreve
num contexto de uma grande agitação de uma marcha inevitável. A criança brinca no estádio dos grandes, o olhar lançado à frente. Falar de Rzouga é anunciar um espetáculo aberto, um jogo, um bailado, onde o teatro e o quotidiano convivem. As decorações podem compreender as costumeiras ou serem extraordinárias nesse palco...mas, as gravatas que vestem o artista devem abranger mil e uma silhuetas para mascatear o mundo através do coração. No caminho de Rzouga Oriente e Ocidente estão lado a lado, a terra toma assento ao mar para tornar-se azul, é o lobo e o homem costa à costa que falam a Vida e através desta uma força ancestral e uma mão que se estica ao outro. Nos jardins de Rzouga, diz , ainda, Morcrette, a poesia é fábula, mas a sua estrada tortuosa se abre pelo mundo em ascensão incontrolável..."
Em ressunta, neste capítulo que aqui abordamos (II), citamos, ainda, o crítico tunisiano Hedi Khalil que enfatiza que a originalidade poética de Rzouga assenta-se sobre uma ótica visionária do poeta e da poesia e sua necessidade hodierna de reconciliar-se com as exigências dos saberes, no assentamento das relações humanas com a expressão lídima de diálogo e humanismo diante da transculturalidade hodierna hoje globalizada.
Música Ambiental
Youssef Rzouga
Nunca é tarde
para fazer algo
atirar-se ao mar por exemplo
e por em fila os peixes coloridos
à manifestarem-se contra
o tubarão
Nunca é tarde
para vencer este complexo
de inferioridade por exemplo
subir ao trono das coisas
e fazer calar o cão que ladra
enquanto florescem os roseirais
Nunca é tarde
para denunciar-se o culpado
de ontem de hoje
feito inocente às vezes
tocar o tambor
dançar de vez em quando
e triunfar sobre uma vida
de grande vazio
O MUNDO
( a meu modo de ver)
Youssef Rzouga
De onde vem o erro?
este mundo
me pertence
a dança
o meu lugar
a conquista-lo
Por outro lado
tenho o propósito
de recicla-lo
não sou alguém
para fugir do ciclone
mas que fazer
necessito de alguma coisa
os olhos de um falcão
e os plenos poderes do mar
é um desejo meu
vou apagar tudo:
o alfabeto
a metáfora
a conjugação
a sintaxe
o porquê das coisas
do amor
a política demagógica
o clone da ovelha Dolly
o discurso do vento
o hino da paz
como fazer ruído
durante sete longuíssimos dias
vou apagar o mundo
e reconstrui-lo
à minha maneira de ver
no oitavo dia
descansarei em minhas palavras
e sonharei acordado
em dar volta ao mundo
- Mas onde estás?
links
http://www.livevideo.com/video/746A8D70
A3A34537B289EC8F7DD22C2D2/quem-sou-eu-
yusef rzuga.aspx
http://poetameda.blogspot.com
http://zordanova.blogspot.com/
http://blogs.clarin.com/http-zorda-clarin-com/posts
http://blogs.clarin.com/http-poet-clarin-com/posts
http//blogs.clarin.com/http-haitu-clarin-com/posts
http//blogs.clarin.com/http-habla-clarin-com/posts
http//hispanoramaliterario2.ning.com/profile/Yo
SLIDE.COM:
http://www.slide.com/r/Meh-HkuO4z-t9Jz9GpRykUYvH
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