Não sou pra casar... Não sou pra ser amada... Não sou absolutamente nada, nem mesmo existo...
 
Só há palavras poéticas; Explicita de uma alma errante que aprende a todo instante como é duro amar!... Como é ridículo sofrer por amor... Como é estranho se sentir estranho, quando tudo passa e nada fica...
 
Não sou pra ser lida... Não devo ser compreendida... A cabeça dói... A febre me goza da mais alta temperatura... E mesmo assim,
 
Rabisco...
                Rabisco...
                                Rabisco...
 
Sou uma louca... Uma velha bruxa... Realmente não pertenço a este lugar...
 
Mais se estou aqui é por algum motivo, talvez eu tivesse que escrever para que tu lesses... E assim, tu te perguntas: - Ela tem razão?? Ou quem sabe: - Essa fedelha “acha” que tudo sabe!!
 
Nada sei...
                   Nem mesmo existo...
 
Mais já me entreguei às loucuras de um poeta... Ah! Saudoso “Thon: Dilton Perrelli”... Bahia nos viu da forma mais natural possível... Despidos de qualquer moral... E fomos felizes!
 
As poesias se foram... Com elas algumas amargas lembranças... Um sonho morto, mais não há arrependimento... Tudo foi como queríamos que fosse... Uma lágrima em meio ao gozo... Mais eu tinha que estar lá...
 
             Mais eu não existo... Insisto!
 
Recolho-me a minha insignificância... Sumi... Voei... Criei asas... Peguei minha vassoura e fui dá uma volta próxima a minha Deusa Lua...
 
        Lá vi todos vocês aqui embaixo...
 
Uns sorrindo vendo o circo pegar fogo... Outros raivosos por alguma espécie de desprezo, que só há na mente, de quem acalenta tal rancor na alma!
 
Vi ainda aquele que chora solitário... Vi gente amando os dedos... Vi gente fingindo ter prazer... Vi gente buscando outros tipos de prazeres... Vi gente se embriagando... Dopando-se de remédios, álcool...
 
Vi gente tentando fazer o bem... Vi gente lutando por um ideal...
 
Vi gente sentado esperando o amor cair nos braços... Vi gente seduzindo e escolhendo nova presa...
 
Vi gente boa...
                              Vi gente má...
 
Realmente eu não existo... Sou o que não posso ser... Sofro por não sei o quê!?
 
Vou embora... Levo na mala minhas imaginações... E no rosto meu largo sorriso... Minha voz espalhafatosa quando alegre... Minha voz fria quando triste...
 
A bruxa precisa se recolher... Rever conceitos... Saber se todos que dizem a mesma coisa, tem realmente sentido e ou razão.
 
Mais tu que tem medo de mim... Saiba que não sou pra casar... Nem mesmo para ser amante... Vivo a vida a todo instante... Não me preocupo com conta bancária... Tipo de carro... Não pergunto nada, o que for importante saber, ele me dirá com o tempo...
 
 
Apenas vivo...
Sem pedir nada em troca...
 
A lua sorriu... E mandou uma chuvinha boa... Voltei bem devagarzinho sentido cada gota... 
     Isso me rendeu uma pneumonia brava, nesse instante que o ar me falta, é que tenho a certeza que existo!
 
Boa noite/Bom dia a você que me inspirou a escrever isso...
 
Não te preocupes...
               Não sou pra casar...
                                          Nem mesmo existo...
 
 
 
 
 
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 04/10/2008
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T1211862
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