Prévias de uma auto-biografia

Tenho recebido por e-mail, uma frase que intriga: "descreva-me", onde se deve descrever o emissário com uma frase que resuma o que pensamos dele.
Interessante. Dentre todos os elogios que recebi e as frases politicamente corretas, nenhum dos meus amigos conseguiu me descrever.
Sou essencialmente crédula. Acredito em tudo o que me dizem. Do político treinado para mentir ao namorado apaixonado da adolescência.
Acredito no ser humano. Sempre. Até o mais malvado pode ter um lampejo de solidariedade e praticar um ato bom.
E, por acreditar tanto, me decepciono tanto e sofro tanto. As pessoas ditas "desconfiadas de tudo", já previram o mal e assim, parecem sofrer menos.
Acreditava que, com o passar dos anos, uma casca grossa tomaria conta da minha ingenuidade e me protegeria.
Ledo engano. Meu pai morreu aos oitenta, acreditando piamente na humanidade.
É karma, destino ou força de caráter. Não sei ainda.
Cidinha
Enviado por Cidinha em 22/08/2008
Reeditado em 22/08/2008
Código do texto: T1141188