GUILHERME SIMÃO FILHO - PATRONO DA CADEIRA Nº02 - ALC

GUILHERME SIMÃO FILHO

PATRONO DA CADEIRA Nº 02 - ACADÊMICO MIGUEL JOÃO SIMÃO

ACADEMIA DE LETRAS DE CANELINHA

Em 1895 a comunidade pesqueira de Canto dos Ganchos, hoje Bairro pertencente ao Município de Governador Celso Ramos, era apenas um povoado com mais de 30 famílias.

Entre as famílias mais destacadas do povoado estava a família de Guilherme Simão Alves.

Descendente de português Guilherme casou com Maria Ricardo, popularmente conhecida por Maria Pera, por ter parentesco com os Pereiras.

Do matrimônio nasceram 5 filhos: João, Euzébio, Margarida, Juliana e Guilherme Simão Filho, ou simplesmente, Guilherminho como era conhecido o caçula da família.

Guilherme Simão Filho nasceu em 11 de outubro 1895. Viveu sua infância entre o mar e os morros que cercam a pequena e aconchegante comunidade de Canto dos Ganchos, outrora chamada de Porto Feliz. Ao contrário dos irmãos não se dedicou a pesca, herdou do pai a vocação para negociar, como diziam os mais antigos gancheiros “guilherminho tinha tino para negócios, puxou o pai”.

Conhecido por todos na região de Ganchos foi fácil montar seu próprio negócio, uma venda de secos e molhados. Além de negociar com peixes na região de Biguaçu e Tijucas.

Foi um dos incentivadores para a criação da Colônia de pescadores no ano de 1920, a mais antiga Associação ainda existente no Município de Governador Celso Ramos. Em1923, juntos com Pedro Vicente dos Santos, Nestor Gomes e outros, fundam a primeira Diretoria da Capela de São Pedro na comunidade de Canto dos Ganchos.Através da amizade com Nestor Gomes conhece Amélia Gomes, irmã de Nestor.

Namoraram e vieram a casar em 27 de dezembro de 1923.

Amélia esposa dedicada ajuda o esposo na lida com o comércio, enquanto Guilherme saía para negociar pescados pela região.

Em meados de 1928, decidem se aventurar em busca de uma nova vida. Amélia vivia muito longe de seus familiares e viajar de Ganchos a Major Gercino, naquele tempo, era se aventurar pelos caminhos e atalhos, além de levar mais de um dia para chegar ao destino desejado.

Deixaram Ganchos e foram para Ribanceiras (São João Batista).

Montaram uma casa de morada e um armazém de secos e molhados. Guilherme era comunicativo, boa praça como diziam seus companheiros de Ganchos, portanto tinha facilidade em fazer amizade por onde passava.

Esses atributos de bom homem, lhe abriram créditos e lhe deram autoridade para fazer amigos.

Em Ribanceira morou pouco tempo. Depois construiu um armazém na Figueira, na velha estrada do Garcia.

Finalmente, para a alegria de dona Amélia, num concurso para os Correios ela é aprovada e, então, passam a residir em Major Gercino.

Guilherme passa a morar com os sogros e dá continuidade ao comércio da família, ao mesmo tempo em que constrói uma Serraria negociando madeiras para a região.

Teve uma vida regrada, construí uma família e foi pai dos seguintes filhos: Ondina, Olindina, Diva, Maria Isabel, João Luiz, Nair e Zilda.

Deixou a marca de um homem simples, honesto, trabalhador. Deixou um legado de dignidade e de respeito a serem seguidos por seus descendentes.