Biografia de Machado de Assis
Levando-se em consideração que neste ano de 2008 comemora-se o centenário do falecimento do escritor Joaquim Maria Machado de Assis e que hoje, dia 21 de junho, perfazem 169 anos de seu nascimento, presto a minha simples homenagem a esse ícone da literatura brasileira, transcrevendo, a seguir, os seus dados biográficos, constantes da Nova Enciclopédia de Biografias, publicada pela empresa Planalto Editorial Ltda:
O homenageado foi romancista, contista, poeta e teatrólogo brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro a 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento. Era filho do pintor Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado. Não pôde realizar os estudos regulares. Freqüentou apenas o curso primário, numa escola de São Cristóvão, perdendo cedo, a mãe e uma irmã. Exerceu a função de sacristão da Igreja da Lampadosa, cujo vigário lhe ensinou as primeiras noções da língua latina. Aos 16 anos de idade, iniciou-se na carreira literária, publicando um poema “Ela”, na Marmota Fluminense. Começou a frequentar as rodas literárias e, em 1856 entrou como tipógrafo-aprendiz na Tipografia, (hoje Imprensa Nacional), dirigida pelo romancista Manuel Antonio de Almeida, que viria a ser o seu primeiro protetor. Posteriormente, transferiu-se para a tipografia de Paula Brito, na condição de revisor de provas, encargo que executou no Correio Mercantil. Colaborou sucessivamente no Diário do Rio de Janeiro, Semana Ilustrada, Jornal das Famílias e O Espelho. Como crítico literário, estreou com o ensaio “O Passado, O Presente e o Futuro da Literatura”. Em 1861, estreou no gênero teatral com ”Desencantos e Queda que as Mulheres têm pelos Tolos”. No dia 12 de novembro de 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais. Recebeu a nomeação de primeiro Oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas. Foi ainda promovido a Chefe-de-Seção e a Oficial de Gabinete em 1880, ano no qual iniciou a publicação na Revista Brasileira as Memórias Póstumas de Brás Cubas. No mesmo ano foi elevado à categoria de Oficial da Ordem da Rosa. Em 1889 foi nomeado Diretor Geral do Comércio e, em 1892, Diretor-Geral da Viação, cargo que ocupou até fins de 1897. Em dezembro de 1896, juntamente com outros intelectuais, instituiu a Academia Brasileira de Letras, alcançando o apogeu de sua carreira literária com a eleição para presidente dessa entidade, posto que ocupou até a data de sua morte. Em 1904 faleceu D. Carolina, sua esposa. Quatro anos depois, consumido de saudades da esposa, Machado licencia-se de seus encargos públicos para tratamento de saúde. Publicou, em 1908, seu último livro, intitulado Memorial de Aires e a 29 de setembro deste mesmo ano, veio a falecer em sua residência. Suas principais obras: Crisálidas; Falenas; Americanas; Ressurreição; A Mão e a Luva; Helena; Quincas Borba; História da Meia, Noite; O Caminho da Porta; Contos Fluminenses; Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro; As forcas Claudinas; Tu, só Tu, Puro Amor; Os Deuses de Casca; Papéis Avulsos; Páginas Recolhidas; Desencantos; O Protocolo; Uma Ode em Anacreonte; Antes da Missa; Não Consultes Médio; Lição de Botânica; A Semana; Memórias Póstumas de Brás Cubas; Ocidentais; Dom Casmurro; Queda que as mulheres têm pelos Tolos; Várias Histórias; Relíquias de Casa Velha; Crônicas de Lélio; O Bote de Rapé; Contos e Crônicas; Iaiá Garcia; Esaú e Jacó; História Sem Data; Crítica Teatral; etc...