Filosofando...

“Ser” para mim sempre foi motivo de questionamentos.
Não quero aqui filosofar... Mas acredito que seja necessário antes pensar o que significa ser alguma coisa, para depois explanar o alguma coisa que devo ser...
Se ser é consistir, eu consisto em mim e isso já diz tudo.
Eu sou a mulher que eu creio ser, e a mulher que eu creio que os outros crêem que sou.
Não sou a que você pensa, mas a que eu creio que você pensa de mim.
Não sou duas, sou só uma, sou uma que se dividi, por isso não sou (in)dividuo.
Eu sou um coletivo, que sem a repetição da qualidade mulher deixa de ser.
Sou a mulher amiga, a mulher ousada, a mulher sensível, a mulher imprevisível...
Sou todas essas mulheres e, no entanto sou só uma para que em mim me caibam várias. São todas essas mulheres que me constituem, sendo eu assim apenas uma mulher.
Sou a ação e o pensamento.
Sou o “eu” que faz e o “eu” que diz que fez.
Sou o verbo que age e o que reflete.
Mas se depois de tudo o que te disse, ainda não souberes quem realmente sou.
Faço assim um pedido,
Para que me aceite,
Sendo aquela que você lerá nos meus escritos.
E lendo-me saberá que eu sou pelo menos a mulher que escreve.