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MEU ÍNTIMO

 

Verso por verso, sempre, sempre afeito

Ao sentimento nobre que arde n' alma.

Verso por verso, atento, e sendo palma

Para um sofrer que é todo meu deleito.

 

Verso por verso, choro a dor no peito,

No meu silente amar, que é  fogo e calma;

Verso por verso, assim, o amor se espalma

De uma maneira forte e tão sem jeito...

 

Verso por verso, aqui me faço servo

De um sentimento atento e tão perverso

Que aguça mais e mais... me fere, punge...

 

Verso por verso, vou, então, dizendo

Que nasço desse amor...  assim vivendo...

Sofrer, sofrer... que a dor conforta, unge!