É muito difícil escrever de si mesmo. Até o momento anterior, quando o espaço estava em branco, não era ninguém. Um dia aprendi a caminhar e caminhei, a andar de bicicleta e andei, a falar, nem sempre falei, a sentir, sumi, a ganhar, perdi, a ceder, construi, a escrever, escrevi; mas quando percebi que o que eu escrevi não era o que queria, me inconformei, rasguei, refiz e continuei não sendo eu. Quando percebi que não tinha remédio, me aceitei... sendo o ninguém do espaço a seguir...