"...Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver..."
(Florbela Espanca)
Florbela e a Rosa Triste
Ah, se de Florbela, a alma
Anda perdida em sonhar
E os olhos vagueiam cegos a cismar de amor.
A alma dessa Rosa não descansa
Os olhos tão cansados mal caminham
Posto que, parados, fracos
Lacrimejam mágoas fartos.
Dá dó, ver os pobrezinhos
Deixando pelo caminho
Grandes poças de saudades
Onde bebem os passarinhos!
Marisa Rosa Cabral.