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Pois eis aí uma questão bastante delicada: escrever sobre meu próprio 'eu'. Mas diria que sou alguém que vive apaixonada pela espera e espera apaixonada pela vida, sendo esta um adiamento eterno que se espera na eterna esperança que se adia. E nessa 'auto-avaliação' não vai nada de pieguices, de exageros sentimentais. Até considero que sou muito racional no dia-a-dia ( a vida assim exige de nós), mas muito emocional na poesia. Afinal, 'somos o que nos falta'. E quanto à literatura, ela, como arte, existe para que a realidade não nos destrua. Se eu não pudesse escrever, não sei o que seria de mim... As palavras são minhas mais confiáveis e solícitas parceiras. Mesmo que escreva só bobagens, amo com paixão essas palavras que sempre se disponibilizam para que eu as use como achar que devo. E aos que lerem esta página, deixo meu carinho, meu 'obrigada',desejando-lhes o melhor que a vida lhes possa oferecer. Abraços literários, fraternos, cordiais, "líricos" da 'lilu'.