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Apenas um poeta 
triste com o amor.

 

**As Múltiplas Faces do Eu Poeta**  

 

Eu sou o poeta de mil disfarces,  

De versos que dançam em múltiplos mares.  

Falo de amor, do mais puro e intenso,  

E também daquele que se perde no tempo.  

 

Sou o cantor da tristeza que dói,  

Das lágrimas que escorrem e ninguém vê.  

Mas também sou a alegria que voa,  

A risada que ecoa, o sol que clareia.  

 

Homenageio heróis, amigos, amores,  

Com palavras que guardam eternos valores.  

E mergulho no mundo das crianças,  

Com versos leves, cheios de esperanças.  

 

Crônicas teço, pensamentos solto,  

Humor que afaga, contos que revolto.  

Haikais que condensam a essência da vida,  

E aldravias, breves, de alma colorida.  

 

Nos poemas sensuais, o fogo se acende,  

No erótico, o corpo e a mente se entendem.  

Sonetos que seguem a métrica exata,  

Letras que viram música, pura garganta.  

 

Falo por terceiros, em dísticos finos,  

E nos cordéis, conto histórias de destinos.  

Mas meu forte, ah, meu forte é cantar  

O amor impossível, que não pôde ficar.  

 

Aquele que um dia foi verdadeiro,  

E hoje é só eco, um suspiro ligeiro.  

Amor que se foi, mas deixou sua marca,  

Na alma do poeta, que vive e embarca.  

 

Em cada poema, uma face revelo,  

Em cada verso, um pedaço do anseio.  

Sou múltiplo, sou um, sou todos os eus,  

O poeta das dores, dos sonhos, dos céus.