Por que escrevo?!
É como uma fuga!
O grito da mão capaz de dizer o que boca não fala...
Às vezes, para desabafar alguma tristeza,
tentando arrancá-la do peito e prende-la no papel;
outras, para compartilhar uma alegria,
a extensão de um sorriso em palavras...
Escrevo para tentar ser, ainda que pouco, um poeta.
Tento imitá-los viajando no exagero dos sentimentos guardados.
Ora procurando luz nas trevas;
ora, o puro breu na luz...
Escrevo porque parte de mim continua sendo a criança que um dia eu fui,
e é esta criança quem mais escreve!
É a parte em mim que consegue ignorar a realidade e inventar,
criar situações, ousar, experimentar...
Escrevo porque amo poesias!
E apesar do coração endurecido com as mazelas do mundo,
pela indiferença tantas vezes necessária,
porque ainda me surpreendo ao me sensibilizar com elas.
Como se isto apontasse algo de bom em mim.
