Nasci lá no Norte,
Onde vive o Rio Xingu,
Terra fértil da pumpunha, do tucano real e forte,
Assistindo cerimonial do Kuarup,
plasticidade de Abaporu,
Mitos e traquinagens de Macunaíma,
Comendo pirarara,jabuti,tracajá e pacu
convivendo com jacaré,jibóia e surucucu
Bebendo açaí,bacaba,tacacá e cupuaçu.
Chupando manguinha doce da casa de Seu Dariel.
Tu que me lês deixo a imaginar
a praga do padre sozinho no rio:
__ALTA sempre serás,MIRA nunca terás!
Nela porás tua tristeza,
porque Anapu o vento da morte
passou e levou irmã Dorothy,
Bem pertinho de Altamira,
sombreada de beleza,
Terra dos esquecidos,
bem feito... fiquei toda comovida
Quis fazer uns versinhos e chorei.
Mas no meu itinerário de Altamira,
Para Belém,Recife,Olinda já passei
Vim parar em Mossoró,
qu'é lugar de pretensão,
matou o temido Jararaca
e expulsou Lampião.
E a cada vida em tanto lugar
Minha cultura de norte,
Se mescla e se estima,
No meu canto de vida nordestina.
Mª das Graças Marinho de Oliveira,
Professora de Língua Portuguesa e Língua Espanhola, atuando em escolas públicas de Mossoró, do Rio Grande do Norte.
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