Eduardo Andrade é um filósofo niilista cujas influências vão de pensadores como Friedrich Nietzsche e Arthur Schopenhauer até correntes contemporâneas e autores como Mainländer. Sua obra reflete um profundo ceticismo quanto ao valor intrínseco da vida e à busca por sentido no universo, ressoando as ideias centrais do niilismo clássico, especialmente a ideia de que as convenções morais e as crenças tradicionais não têm uma base objetiva e que a existência humana, em última análise, carece de propósito fundamental.
Influenciado por Nietzsche, Eduardo Andrade abraça a crítica à moralidade tradicional e à religião, propondo uma visão que explora a figura do *Übermensch* (além-do-homem), um conceito fundamental na filosofia nietzschiana. O *Übermensch* é um ser que transcende as limitações impostas pelas normas morais, culturais e religiosas, criando seus próprios valores. Para Nietzsche, a superação do niilismo, ou a reação ao vazio existencial, passa pela afirmação da vida e pela capacidade de afirmar o "amor fati", o amor pelo destino, abraçando tanto os aspectos positivos quanto os negativos da existência. Eduardo Andrade, ao incorporar essa ideia, propõe uma visão em que o indivíduo, ao se libertar das amarras da moralidade tradicional, se torna capaz de moldar sua própria essência, enfrentando o caos e a desordem da vida de maneira criativa e autônoma.
Essa relação com o *Übermensch* é crucial em sua reflexão, pois, ao mesmo tempo em que reconhece o vazio existencial, ele não sucumbe ao desespero. Pelo contrário, busca a transcendência através da força interior e da criação de novos valores, assim como o *Übermensch* de Nietzsche, que é capaz de afirmar sua vontade de poder e de se tornar o criador de seu próprio destino, além das limitações humanas tradicionais.
No entanto, ao mesmo tempo, ele incorpora aspectos da filosofia pessimista de Schopenhauer, em que a vida é vista como essencialmente dolorosa e marcada pelo sofrimento, com a vontade humana sendo a principal força que perpetua essa condição.
Por outro lado, sua obra também dialoga com a filosofia de Philipp Mainländer, que sustentava que o sofrimento humano é inevitável e que a única maneira de superá-lo seria por meio da negação da vontade e da busca pelo "não-ser". Eduardo Andrade, portanto, constrói uma síntese única de várias vertentes do niilismo, oferecendo uma reflexão profunda sobre o vazio existencial, o desconforto da vida e a luta pela autossuperação, explorando questões como o sentido da existência, a liberdade individual e a inevitabilidade do sofrimento.
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