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Perfil

Beto Matos nasceu em Itaperuna em 1956. Aos quatro anos de idade veio com sua família para Realengo, no Rio de Janeiro, e aos oito anos foi para a Vila Vintém, no Beco do Baianão, onde começou a aprender o ofício de sapateiro com seu pai. Ali, onde dormia embalado pelos batuques da bateria do Mestre André, viveu até os 18 anos.

Já aos 16 anos, por influência de Seu Tuninho, um pai politizado e progressista que tomaria emprestado dois anos mais tarde com um amigo da escola, passou a conhecer com apreço a obra de Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Pixinguinha, Geraldo Pereira, Candeia, Chico Buarque, Silas de Oliveira, João Nogueira, Bosco & Blanc, Dorival Caymmi, Ismael Silva... Da mesma forma se encantava com a singularidade e a diversidade de estilos contidos nas interpretações de Ciro Monteiro, Jorge Veiga, Moreira da Silva, Jamelão, da Divina Elizeth Cardoso, Elis Regina, Cauby Peixoto, Beth Carvalho, Clara Nunes, Miltinho, entre outros.

Depois de organizar várias rodas de samba em Realengo, entre elas a Terça Nobre, aos 40 anos começou a compor. Inovador, mas com traços nítidos de suas influências, Beto Matos tem organizado rodas de sambas inéditos prestigiando parceiros e compositores que ainda não foram gravados.

Hoje, consultor institucional e de personalidades sobre superação e produção de resultados, Beto Matos é um compositor em sintonia com o seu tempo e por isso é a novidade. E, paradoxalmente, é a novidade por trazer de volta a filosofia popular aos braços de seu mais nobre guardião: o velho e bom SAMBA.