Esgravatando
com os dedos à toa,
frenesim nas unhas
entre acasos
ermos e alinhados
na palma da mão,
remexendo a terra
sinto estas raízes
tão lusitanas
e indígenas do Porto,
primeira morada
e paixão de sempre.
Tive Lisboa inocente
quase a contra gosto...
Cacém por força
da emancipação...
Vila Franca de Xira
a reinventar família...
Ericeira,
falésias salobras,
para um mar fátuo
igual a mim...
Finalmente Viseu
para renascer
com frutos novos
do ventre da mulher
e do útero da poesia
para o resto da vida.
Raízes dizei de mim
interrogai o vento
mas que os versos
do destino incerto
se aquietem por aqui.
______________LuMe
Luis Melo
(Portugal-Europa-Terra-ViaLáctea)
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