ESTRELAS CADENTES
Às vezes maravilhava-me com o brilho da lua, não obstante, meu espírito renunciar a um possível voo lunar, eu quis escrever um poema como se fosse um mapa porque hoje, um pouco me perdi. E com o coração pulsando enquanto conversava comigo mesma, ouvi minhas várias vozes repetidamente me contando histórias, as minhas histórias. Pouco a pouco emudeceram e, uma súbita incerteza se apossou do meu único pensamento – quem eu sou? A minha estrutura enclausurada pressentiu o abraço dos tentáculos da noite e, o terrível e amargo instante que se seguiu, empalideceu a minha tez, realçando a cicatriz – a emenda dos meus vários eus. E no mundo luminoso iniciou-se uma nova florada de estrelas cadentes...