De repente a saudade,
Na retrospectiva do ontem passado,
Uma vontade que invade,
E faz-em assim, mergulhado.
Mergulhado no lago da tristeza,
Das lembranças da vida,
Com certeza,
Da sonora canção da silenciosa despedida.
De repente ouço o vento bater à janela nua,
como se querendo pedir para abri-la,
Era a saudade sua,
Querendo me fazer segui-la.
Como se um filme em câmera lenta,
Exibindo os melhores momentos,
Ainda mais a saudade aumenta,
Confundindo os sentimentos.
Ah! Esta saudade derradeira,
Que quer habitar de vez em mim,
parece morto um amor que segue na ribanceira,
Do abismo que não tem fim.
De repente a saudade,
De ser o que eu fui,
E numa inexplicável velocidade,
O pensamento fugindo flui.
E como o cravo que desfolha no outono,
Folhas que ultimamente viveram o melhor da vida,
Se soltam aos ventos como num abandono,
Sem chegada e sem ida.
De repente um querer fantastick,
De não querer essa coisa de necessidade,
Que se torna magestick,
O que pode ser, de repente a saudade.
Você chegou, inda, outro dia,
e nem faz muito tempo assim...
mas por necessidade some numa via,
numa curva fora de mim.
Eu sei que é uma mulher proibida,
E que eu não posso você carregar,
Uma longa história lhe prende, descabida,
mas, faz sentido, em tudo que pode me confessar.
Ah! Se eu não fosse assim meio velho,
Carregaria voce comigo,
Mas, tenho medo do espelho,
Que mostra uma realidade como castigo.
Mas, saiba, que quem pela minha vida tem chegada,
Não chega assim e se vai, você deve saber,
E mesmo que insista e se vá , e a vida siga outra estrada,
Uma coisa é certa, eu proibo você de me esquecer.