Amor...
Você está na minha vida
como um presente que não passou,
uma historia que não se apaga,
No meu livro de amor.
Há saudades que faz de conta,
mas, há saudade que não dou conta,
Mesmo que eu teime em não querer.
A saudade é um trem bala,
que sai lá de trás,
veloz
e o pensamento abala,
Deixando o coração incapaz,
de reagir o contrário.
É como um calvário,
que seguimos na vida,
Porque o amor que deixamos passar,
qual poderia ser eterno,
enterramos numa profundidade superficial,
que as vezes,
remove a névoa fina que a encobre,
e se faz viva em certos momentos,
onde a poesia a retrata,
e ela sem piedade,
minha alma maltrata.
Dá aquela vontade de renascer,
implantar asas e o voar,
correr...
quebrar a barreira do tempo
e buscar o encanto quebrado,
pelo feitiço da solidão,
das ilusões que tombam nas noites frias,
onde os corpos distantes,
mesmo aquecidos por outros corpos,
clamam inquietamente,
o calor interminável de um amor passado.
Quando um homem ama uma mulher,
o ama no quarto, na sala, no banheiro,
na cozinha, no carro, no elevador,
onde ferver o amor da carne
da libido
de todos os desejos.
Quando um homem ama uma mulher,
não esquece as loucuras de amor,
não esquece as lágrimas da dor,
que uma distância causa.
Assim,
quando um homem ama uma mulher,
a eternidade é pouco para esquece-la,
e vive na sua solidão de amor,
como um ´pássaro de asas quebradas,
se debatendo na chuva fria,
que o congela até a alma,
e tudo isto faz parte,
mas nunca parte,
do coração do homem que ama uma mulher.