Na eternidade que o Sol Desperta,
A Lua em sua formosura acompanha,
E a vida que ele aquece na certa,
A Lua atenua em doce façanha.
E assim o Sol se faz dia,
E a noite fica por conta da Lua,
Dois amantes que fora da poesia,
Onde o Sol cobre a Lua
no eclipse em que ela se faz sua.
E a terra sem eles não existiria,
Tão pouco as estrelas que nos ilumina,
Criações do Deus Onipotente em maestria,
Que aos olhos humanos fascina.
Meu eterno Sol,
Minha eterna Lua,
Que me abre um arrebol,
Depois que ELA se esconde da rua.
Como eu queria que o amor
me fosse eterno,
Como eterno é o Sol e a Lua,
E a vida meu interminável caderno,
Onde escreveria esse amor
em versos que extenua.
Ah! Minha amada menina ,
Nas sombras desses entes divinais,
Estaríamos embalados no amor
que nos ilumina,
Para não nos separarmos jamais.
Mas, somente a Deus
cabe esta indagação,
Pois eterna nem a vida é,
Um dia tudo se acabará
com o Armagedon,
E nem mesmo restará
ao mundo a fé.
Enquanto isto não chega,
Enquanto a vida não acabar,
Enquanto eternos
os astros nos chamega,
Em poesia vamos nos amar.
E assim, nos ligamos,
Dia pós dia
na pretensa vontade que se insinua,
O amor pode nascer, poesia,
e acabarmos amando,
esperandio
esse amor se eternizar
como o Sol e a Lua.